Flamengo perde do Peñarol, e brasileiros seguem sem vencer argentinos na Liga Sul-Americana

(Esta não é uma crônica repetida, eu prometo a vocês)

Acaba de terminar em Mar del Plata o grupo C da Liga Sul-Americana de basquete. E terminou da mesma maneira que as duas chaves anteriores. Com uma equipe brasileira na segunda colocação (o Flamengo no caso) e com uma argentina na liderança (o Peñarol, dono da casa).

Foi mais um duelo entre brasileiros e argentinos na Liga Sul-Americana, e mais uma vitória dos hermanos (a terceira seguida, diga-se de passagem). O Peñarol não jogou absolutamente nada na primeira etapa, viu o Flamengo abrir 12 pontos, mas teve cabeça, concentração e sangue frio para reverter tudo nos 20 minutos finais. Fez 47-32 graças a 22 pontos de Leo Gutierrez (ele acertou quatro bolas de três pontos – nenhuma surpresa aqui, certo?).

Na próxima semana São José enfrentará o Libertad, de Sunchales, na chave D, e terá a última oportunidade para um time brasileiro vencer um argentino nesta fase da Liga Sul-Americana. De todo modo, aconteça o que acontecer no duelo do time de Régis Marrelli, algo precisa ser refletido por aqui: há uma abissal diferença entre conceitos de jogo daqui e da Argentina. Não é questão de certo ou errado, mas sim notar que há uma absurda e clara concepção de jogo dos hermanos que incomoda demais aos times brasileiros.

Hoje Sergio Hernandez (foto) nem precisou gritar muito com seu time (como é de seu costume). Manteve o time na partida, deixou que o Flamengo mesmo se enrolasse na marcação (que defesa tenebrosa no perímetro, hein!) e venceu sem jogar nada bem. Fica a questão: até quando nossos treinadores vão demorar para reconhecer que, em sua maioria, estão defasados demais em relação aos melhores do continente, os argentinos?

Já passou da hora, não?