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Bala na Cesta

Contra o Dallas, Marcelinho Huertas dá outra prova de que pode jogar na NBA quando quiser

Fábio Balassiano

10/10/2012 11h30

"Vendo o jogo entre Barcelona e Dallas Mavericks, garanto que Huertas e (Juan Carlos) Navarro estão no meu Top5 da melhor dupla de armadores de todos os tempos. Não sei Huertas seria um armador titular na NBA, mas certamente um ótimo reserva é um fato cristalino. Só não tenho certeza como ele reagiria contra os caras mais rápidos da liga".

A avaliação, positiva em relação ao armador Marcelinho Huertas, não é minha, mas sim do jornalista norte-americano John Schuhmann, que escreveu justamente isso no Twitter depois que o Barcelona, de Huertas, simplesmente arrasou o Dallas Mavericks por 99-85 em amistoso realizado ontem na capital da Catalunha diante de enlouquecidos 16 mil torcedores. O brasileiro teve 12 pontos, três assistências, dois roubos e +20 no +/- (o maior da peleja) nos 36 minutos em que esteve em quadra, sendo, ao lado de Navarro e Pete Mickeal (19 pontos cada), o maior responsável pela terceira vitória do Barça contra uma franquia da NBA (antes, Lakers em 2010 e Sixers em 2006).

Acabei revendo a partida de Huertas e do Barcelona (o que joga o Navarro é absurdamente assustador!) e está mais do que provado que Marcelinho é um armador de elite mesmo. Schuhmann tem razão quando fala que ele poderia ter problemas contra rivais mais rápidos, mas ontem fiquei pensando em quais times o ex-jogador do Paulistano, aqui no Brasil, conseguiria se encaixar direitinho na NBA – caso quisesse, pudesse e tivesse concreta e boa proposta para atuar.

Um deles foi justamente o Dallas Mavericks, que hoje tem o apenas razoável Darren Collison como armador principal. É um time como uma estrela (Dirk Nowitzki, que, é bom dizer, não jogou na tarde desta terça-feira), um elenco experiente e um ritmo que permite ao armador controlar a partida (como foi com Jason Kidd por alguns anos). Outro, por exemplo, seria o próprio Oklahoma City Thunder, como opção ao jogo veloz (e celerado) de Russell Westbrook (como o próprio Schuhmann diz, como reserva de West). Times menores, como Orlando Magic, entre outros, seriam interessantes pelo tempo de quadra, mas não tanto pela experiência vitoriosa que um cara competitivo como ele gosta – e precisa.

Sei que este é um assunto chato, e por vezes Huertas cansa de responder às mesmas perguntas, mas eu ontem terminei a partida com a sensação de que seria bem bacana que ele fosse no mínimo testar seu talento no melhor basquete do mundo. Obviamente isso não quer dizer nada, mas Marcelinho, a cada jogo contra um armador da NBA, prova que talento não lhe falta para mudar de continente e seguir dominando em uma quadra de basquete.

E aí, viu o jogo de Huertas e do Barcelona ontem? Ficou ainda com mais vontade de vê-lo na NBA? Comente!

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