Topo

Bala na Cesta

O que podemos esperar dos brasileiros na Liga Espanhola? Comecemos por Rafael Hettsheimeir

Fábio Balassiano

25/09/2012 02h53

Começa no próximo fim de semana a Liga ACB/Endesa espanhola, melhor campeonato nacional de basquete deste planeta (a NBA é de outro, já sabemos). O favoritismo está com Barcelona e Real Madrid, mas não é possível descartar o Baskonia, o Valência e também o Málaga, sempre forte.

Para nós, brasileiros, vale muitíssimo ficar de olho nos jogadores que nacionais que estarão por lá (Lucas Bebê, Vitor Faverani, Raulzinho, Rafael Luz, Paulão, Augusto Lima, Marcelinho Huertas e Rafael Hettsheimeir). Farei um resumo de cada um deles até o início do certame. Comecemos por Hettsheimeir, que, como se sabe, jogará pelo Real Madrid na próxima temporada.

Uma das peças mais cobiçadas do mercado para esta temporada, Rafael, que ficou de fora das Olimpíadas de Londres devido a uma lesão no joelho, flertou com a NBA, acabou não dando certo (ofereceram a ele apenas um contrato não garantido – não valeria mesmo a pena) e foi parar em um dos maiores clubes europeus. Sem dúvida um salto de qualidade absurdo para alguém que teve 13,3 pontos e 6,6 rebotes de média no Zaragoza no último campeonato, e cujos 9,2 pontos e 4,1 rebotes no Pré-Olímpico de 2011 ainda ecoam (isso, claro, sem falar na vitória histórica contra a Argentina por 73-71 – 19 pontos, oito rebotes e um baile em Luis Scola nos 22 minutos em que esteve em quadra).

Pablo Laso, técnico do Real Madrid, já disse que Hettsheimeir será o pivô titular do time que tem o bósnio Mirza Begic e o norte-americano Marcus Slaughter. Isso, sem dúvida, é uma notícia e tanto para o paulista de Araçatuba. Não faria sentido algum trocar um time mediano (o Zaragoza) por um grande (o Madrid) para diminuir seu tempo de quadra e seus números. Mas há algo importante aqui: voltando de lesão, seu rendimento não será o mesmo daquele apresentado no começo da temporada 2011-2012 e o jogo forte do Madrid encontra-se justamente fora do garrafão (Llull, Fernandez, Mirotic, Carroll, Rodriguez etc.). Ou

A expectativa é que Rafael dispute jogos grandes (Euroliga, finais da ACB) e evolua rapidamente com isso. Mas não se deve esperar dele médias absurdamente altas, pontuações que carregam o time nas costas, como aconteceu no Zaragoza, por exemplo. Ele será o pivô titular, mas ainda está longe (tomara que chegue a este ponto em algum momento) de ser a primeira opção ofensiva de seu time.

E você, concorda comigo? O que acontecerá com Hettsheimeir em sua primeira temporada no Real Madrid? Comente!

Sobre o blog

Por aqui você verá a análise crítica sobre tudo o que acontece no basquete mundial (NBB, NBA, seleções, Euroliga e feminino), entrevistas, vídeos, bate-papo e muito mais.