Em entrevista ao UOL, Hortência abre o jogo sobre a seleção brasileira feminina
"Precisamos entender que hoje vivemos uma geração diferente daquela de quase 20 anos atrás. Existe uma lacuna de atletas com 25, 28 anos. Estamos realizando um trabalho de longo prazo, para termos mais quantidade e qualidade. Não se faz uma boa jogadora do dia para a noite"
"Eu gosto do trabalho do Tarallo. Estamos trabalhando com ele com um objetivo, pois treinador é igual aos atletas, precisa evoluir, pegar experiência. Todo treinador novo, em algum momento, tem que participar de sua primeira Olimpíada, seu primeiro Mundial. Tenho certeza de que em 2016 ele estará muito melhor. Mas eu não sou presidente da Confederação. Teremos reuniões a partir do dia 21 para discutirmos o trabalho realizado e planejarmos o que vai acontecer para as próximas temporadas. Será o presidente [Carlos Nunes] quem determinará a permanência ou não do treinador na equipe principal"
"É complicado fazer uma auto-avaliação. Mas posso falar que conseguimos classificar as nossas seleções para todas as competições possíveis, em todos os níveis. (…) O importante é você saber que seu trabalho está sendo bem feito. E isso eu estou fazendo. Dou toda a estrutura que essas meninas precisam, mas não dá para fazer uma jogadora em tempo recorde. A força de um esporte é sua base e estamos investindo muito nisso"
"Se aparecer uma jogadora que se encaixa ao nosso estilo, não vejo por que não naturalizar. Mas não vamos naturalizar qualquer uma"
"Já falei muito deste assunto (Iziane), que está encerrado para mim. Não quero mais falar sobre isso. Nunca mais [ser convocada] é muito tempo e não sou presidente da CBB"
Estas e outras declarações você encontra na excelente entrevista de Daniel Neves aqui no UOL. É só clicar na home de basquete (aqui o link) pra ler. De cara, algumas coisas precisam ser ditas:
1- Está claro que Hortência chama o presidente Carlos Nunes para participar mais do basquete feminino deste país. Ela diz que ele, Nunes, decidirá se Tarallo fica e se Iziane retorna ao time nacional. Acho que até ela, Hortência, deve ter se cansado da ausência de Carlos Nunes…
2- Respeito demais Hortência e seu passado como atleta, mas ela avaliar que faz um trabalho bom na frente das seleções femininas porque classifica todas as categorias de base para Mundial ou porque se dá estrutura é estranho. Não há, como no masculino, concorrência no basquete feminino na América do Sul, ora bolas. E estrutura é mais do que obrigação. Simples assim.
3- Hortência volta a falar sobre renovação, e diz que não é possível colocar meninas de 18 anos em quadra ano que vem por causa da Copa América, que classifica para o Mundial de 2014. Fica a pergunta: se não dá pra começar a renovar no primeiro ano de um ciclo olímpico, quando é o período ideal pra isso? Confesso não entender esta linha de raciocínio.
4- Ah, e só um detalhe para reflexão: será que uma seleção renovada, com Érika e Karla como as mais experientes, não conseguiria ganhar da Argentina para chegar ao Mundial de 2014? Eu creio que sim…
5- Na próxima semana começa aqui no blog o Especial sobre o basquete feminino brasileiro. Espero que vocês gostem. Serão sete capítulos: CBB, Hortência, Clubes, LBF, Técnicos, Jogadoras e Iziane. Alguma sugestão?
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