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Bala na Cesta

No último jogo da primeira fase, seleção masculina enfrenta Espanha mirando mata-mata

Fábio Balassiano

06/08/2012 00h44

Sinceramente eu prefiro nem comentar sobre a possibilidade de entregar o jogo para a Espanha hoje. Primeiro porque ontem mesmo os jogadores e Rubén Magnano (não esperava nada diferente dele) disseram que isso não acontecerá, que a decisão será na quadra, no jogo. Segundo porque o próprio presidente da Federação Espanhola, José Luis Saez, afirmou que seria uma tolice sem tamanho projetar as semifinais entregando um jogo em Olimpíada. Então, vamos ao jogo.

ATUALIZAÇÃO ÀS 09:29: Mesmo com a vitória da Austrália contra a Rússia, a situação não muda, pois os russos ganharam os confrontos diretos contra Brasil ou Espanha. Quem vence logo mais avança em segundo. O que perder, em terceiro. Simples.

E o que o time de Rubén Magnano enfrentará a partir das 16h desta segunda-feira? Havia dito aqui que temia, na mesma medida, Rússia e Espanha, mas obviamente os espanhóis têm um elenco mais capacitado. Um trio de pivôs de muito respeito (os irmãos Marc e Pau Gasol, além de Serge Ibaka, que sai do banco com um vigor físico que impressiona – isso, claro, sem falar de Felipe Reyes, do Real Madrid), dois ótimos alas (Rudy Fernandez e Juan Carlos Navarro, que, é bom dizer, encontra-se com uma fascite plantar que tem incomodado bastante) e armadores de primeira linha (destaque para José Calderón). Como se vê, o esquadrão que Sergio Scariolo tem em mãos é pra lá de completo.

Vencer a Espanha não será fácil, mas de verdade não considero impossível, não. O Brasil jogou muito bem contra a Rússia, e manteve o nível de concentração contra a China. Se conseguir conter principalmente Pau Gasol (19,5 pontos, 56,4% nos tiros de quadra e 11 assistências até aqui – mesmo número do armador titular, Calderón, por exemplo) terá alguma chance. Se tiver sucesso ao conter as investidas de Rudy Fernandez (é contigo mesmo, Alex Garcia), mais ainda.

Em Olimpíadas, Brasil e Espanha já duelaram quatro vezes. A última foi em 1992, em Barcelona, com vitória espanhola por 101-100. Quatro anos antes, 118-110 para os ibéricos em uma partida com 55 pontos de Oscar Schmidt (é sério, clique aqui!). Em Moscou-1980, 110-91 para os europeus. Em 1972, vitória brasileira por 72-69.

Estou confiante, e você? Será que o Brasil consegue a vitória para sair na segunda colocação do grupo, enfrentando a Argentina nas quartas-de-final (isso, claro, se os hermanos não vencerem os EUA por mais de 18 pontos, mudando a configuração do grupo A completamente)? Comente na caixinha!

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