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Bala na Cesta

Brasil enfrenta a Rússia em primeiro grande teste nas Olimpíadas - o que está em jogo?

Fábio Balassiano

02/08/2012 07h00

E chegamos, nesta quinta-feira, ao primeiro grande teste da seleção brasileira de Rubén Magnano nos Jogos Olímpicos de Londres. A partir das 12h45, o Brasil mede forças com a Rússia (leia mais sobre o time aqui) em partida que provavelmente define o segundo colocado da chave B (leia mais sobre isso aqui).

Com o resultado do jogo que acaba de terminar (82-74 para a França contra a Lituânia), França sairá em segundo, Argentina em terceiro e Lituânia em quarto do grupo (ou seja, boa possibilidade de o duelo entre Brasil x Rússia definir muita coisa mesmos). Vamos a alguns pontos importantes:

1) Está claro que o Brasil ainda não jogou o que pode em Londres. Titubeou na estreia contra a Austrália, e foi terrível contra os donos da casa na terça-feira. Pode ser que realmente os comandados de Magnano estivessem escondendo alguma coisa (não acredito). Se não elevar o nível, certamente perderá para um rival fortíssimo.

2) Ao contrário do Brasil, a Rússia jogou muitíssimo bem até aqui. Fez o que deveria fazer contra os britânicos (ganhou ce 20 pontos) e esmagou a China com uma defesa absurdamente forte (fez 73-54, forçou 16 erros e só permitiu 37% de acerto nos tiros de quadra). Tem em Andrei Kirilenko (foto), o líder em pontos da competição até aqui com 25,5 pontos de média, Aleksey Shved, o melhor em assistências (9,5), e Viktor Khryapa, muito bem no garrafão com 8,5 rebotes, as suas principais armas.

3) Estou curioso para saber quem tentará deter Kirilenko. Contra a Grã-Bretanha, Alex foi o responsável por marcar Luol Deng, também mais alto que ele, Alex. E o brasileiro se deu bem. O ala do Chicago teve 3/13 e quatro desperdícios de bola. Será que a tática de Rubén Magnano também se aplica nesta quinta-feira?

4) Será que, enfim, o garrafão brasileiro será explorado como deve ser? A Rússia tem no potencial físico de seus pivôs a sua principal deficiência, e carregá-los com faltas e provocar mudanças táticas de David Blatt para conter os gigantes brazucas pode ser o começo de uma grande e importante vitória.

5) Pode ser que uma vitória hoje signifique encontrar os Estados Unidos em uma eventual semifinal (há, claro, o jogo das quartas-de-final antes, evidentemente), mas para o Brasil há um aspecto importante demais na peleja de hoje – o lado psicológico. Alçado a condição de favorito a medalha antes da competição por causa de seu técnico, elenco e amistosos de preparação, a seleção brasileira ainda não conseguiu jogar o que se esperava dela até aqui. Vencer um rival forte seria uma baita credencial para os jogos do mata-mata.

E você, o que está esperando da partida de hoje? Comente na caixinha!

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