Contra Austrália e sequência ruim, Brasil joga por vitória inédita pra sonhar com vaga
Não será fácil a partida da seleção brasileira feminina a partir das 10h30 desta quarta-feira. Se não bastasse a baixa qualidade técnica e tática do time de Luiz Cláudio Tarallo, que ainda não conseguiu superar a barreira dos 60 pontos nas Olimpíadas (surreal!), do outro lado estará a Austrália, rival que chega ao duelo de hoje depois de ter perdido da França por 74-70 precisando desesperadamente da vitória para não correr risco de enfrentar os Estados Unidos precocemente nas quartas-de-final.
Se enfrentar Liz Cambage, Lauren Jackson, Suzy Batkovic (Érika terá um trabalho monstruoso no garrafão!) e companhia não fosse o bastante, o Brasil ainda lutará para atingir um feito inédito. Em quatro duelos, a seleção brasileira jamais conseguiu bater as australianas em Olimpíadas (em 2004, 66×84 e 75×88; em 2000, 70×81 e 75×88). Para piorar, a margem de diferença chega a 13,7, e e se mantiver o nível ruim de atuações nos Jogos de Londres, a tendência é que a média aumente nesta quarta-feira.
Além disso tudo, a seleção feminina venceu apenas dois de seus últimos 11 jogos em Olimpíadas (abaixo a lista completa, o que mostra como o basquete das meninas neste país deixou de evoluir, deixou de pensar grande, deixou de formar bons valores). Em Mundiais a situação não melhora muito, e são apenas duas vitórias nos últimos oito jogos valendo – contra Mali e Japão no Mundial da República Tcheca em 2010).
2012: Brasil 58 x 73 França e Brasil 59 x 69 Rússia
2008: Brasil 62 x 68 Coréia, Brasil 65 x 80 Austrália, Brasil 78 x 79 Letônia, Brasil 64 x 74 Rússia e Brasil 68 x 53 Bielorrússia (única vitória na competição)
2004: Brasil 66 x 84 Austrália, Brasil 67 x 63 Espanha, Brasil 75 x 88 Austrália e Brasil 62 x 71 Rússia
Nao será fácil, mas o time de Luiz Cláudio Tarallo precisa lutar, precisa mostrar que ainda pode brigar pela quarta vaga do grupo em uma Olimpíada, é bom que se diga, com nível técnico ainda muito ruim no feminino. Talvez por isso eu pensasse que se tivesse um mínimo de organização a seleção feminina pudesse chegar a algum lugar.
O que será que acontece nesta quarta-feira? Comente na caixinha!
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