Com 5ª menor pontuação em Olimpíadas, Brasil perde da Austrália e fica perto da eliminação

Aconteceu o esperado. O Brasil começou muito mal (anotou apenas 18 pontos no primeiro tempo), lutou, chegou a reduzir a diferença para cinco pontos no meio do terceiro período, mas não resistiu. Perdeu da Austrália por 67-61 e chega a terceira rodada da Olimpíada de Londres sem nenhuma vitória.

Foi a quinta pior pontuação da história olímpica brasileira, superando apenas os 52 pontos da partida contra a mesma Austrália nas semifinais dos Jogos de Sydney (derrota por 64-52) e os 60 da derrota para o Canadá (61-60) no mesmo ano, além, claro, da estreia contra a França (58) e do jogo de segunda-feira contra a Rússia (59). Ou seja: das cinco piores marcas da seleção, três vieram nestes próprios Jogos Olímpicos.

No jogo de hoje, mais uma vez quem se salvou foram Érika, completamente cercada em todos os momentos, e Karla (virou moda apenas as duas jogarem, né). A pivô teve 11 pontos e dois rebotes, e a ala de Americana, 22 pontos (cestinha). Para se ter uma ideia de como a dupla esteve sozinha nestes Jogos (hoje até que Clarissa apareceu), Érika/Karla chutaram 13/23. O restante do elenco, 9/44 (20,5%). Nos chutes de três pontos, tirando os 4/8 de Karla, a seleção teve ridículos 1/9 (11,1%). Pouco, não?

E pela terceira vez na competição, Tarallo foi muito mal no comando técnico. Substituiu errado (alguém explica por que ele sacou Karla quando a diferença era de cinco pontos?), optou por formações inexplicáveis (Nádia e Franciele para conter Cambage, é isso mesmo?) e mostrou que o período de treinamentos não foi bem aproveitado (o time errou 14 vezes e defendeu muito, muito mal no garrafão – Cambage, Lauren Jackson e Batkovic somaram 46 dos 67 pontos das australianas – 68,7%).

Na sexta-feira (10h30 de Brasília), o time de Luiz Claudio Tarallo enfrenta o Canadá, e no domingo, às 18h30, a rival será a Grã-Bretanha. Para garantir a quarta colocação do grupo, e avançar para enfrentar os Estados Unidos nas quartas-de-final, o Brasil precisa vencer as duas seleções que ainda restam. Situação difícil pelo basquete que tem sido apresentado, evidentemente (as canadenses deram trabalho para francesas e russas).

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