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Bala na Cesta

Rivais de Londres: na estreia das meninas, 'decisão' contra a França

Fábio Balassiano

23/07/2012 15h30

Não há outra forma de encarar a partida contra a França (16h do próximo sábado) que não como uma decisão. Sim, de cara, na estreia, é o jogo mais decisivo, fundamental, do time de Luiz Cláudio Tarallo. Principal rival na luta pela terceira colocação de um grupo que conta com Austrália e Rússia, duas das grandes favoritas a liderar a chave, francesas e brasileiras abrem os trabalhos do grupo B no primeiro dia de competições nas Olimpíadas de Londres com o objetivo de colocar o outro em posição perigosa e tentar fugir dos EUA nas quartas-de-final para brigar por uma medalha.

A França participará dos Jogos pela primeira vez desde 2000 (quinta colocação), mas vem credenciada por uma boa campanha no Europeu do ano passado (terceiro lugar), pelo surpreendente título Europeu de 2009 e por um técnico conceituado. Pierre Vincent foi campeão Europeu Sub18 em 2000 com o masculino em uma geração que tinha Boris Diaw, Yakhouba Diawara, Tony Parker, Mickael Pietrus e Ronny Turiaf e em 2007, já trabalhando com o basquete feminino, conseguiu a façanha de levar o modesto Bourges Basket ao Final Four da Euroliga. Foi alçado a técnico da seleção adulta em 2009.

Na fase de preparação, vitórias contra o próprio Brasil (67-57), um incrível triunfo contra a Austrália (64-58) e derrota contra a Grã-Bretanha por 74-67.

O TIME: Isabelle Yacoubou (pivô de 1,900m que teve 13 pontos e 6,7 rebotes no Pré-Olímpico Mundial), a armadora Céline Dumerc e a ala Emilie Gomis (10,8 pontos no Europeu de 2010) são boas jogadoras, mas a grande força da equipe está mesmo na concepção defensiva que Vincent tem tentado instaurar na equipe desde que assumiu. Talentosas com a bola nas mãos, as francesas sempre hesitaram e se desconcentravam demais na marcação, o que acabava gerando derrotas bobas e inesperadas.

DESTAQUE: Falei de Yacoubou, Dumerc e Gomis, mas o grande destaque da França há alguns anos é Sandrine Gruda (foto à direita), pivô de 1,93m, 25 anos e dona de ótima técnica. Joga no forte Ekaterinburg, da Rússia, está acostumada a enfrentar a brasileira Érika, e foi selecionada na 13ª posição pelo Connecticut Sun na WNBA, onde teve as respeitáveis médias de 10,2 pontos e 4,7 rebotes nas três temporadas que disputou na liga norte-americana. Foi a melhor jogadora do time que ganhou o EuroBasket de 2009 contra a Rússia (na final ela teve 12 pontos e sete rebotes nos 57-53). Teve 13,4 pontos e 6,2 pontos no Europeu do ano passado, e manteve as médias (13,7 e 5,3) no Pré-Olímpico Mundial deste ano. É forte, alta e tem ótima técnica para arremessos de média distância.

PALPITE PARA O JOGO CONTRA O BRASIL: Eu não sei o porquê (e isso não é normal), mas estou otimista e acredito que a seleção brasileira vença as francesas na abertura das Olimpíadas de Londres. Será uma partida absurdamente difícil, mas Érika, Damiris, Clarissa e Franciele têm força para deter Gruda e liderar o Brasil a uma fundamental vitória.

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