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Bala na Cesta

Faltando pouco pra Londres, é a hora de entrosar as principais estrelas da seleção masculina

Fábio Balassiano

09/07/2012 11h30

De acordo com o site da CBB, a palavra que Rubén Magnano mais usou no seu treinamento de ontem em Foz do Iguaçu foi 'foco': "Temos que focalizar muito nos detalhes. Fizemos um bom jogo contra a Argentina, mas ainda cometemos alguns erros, principalmente nos momentos de cansaço. Quando fazemos nos treinos, é tudo muito bom, mas durante o jogo a situação é totalmente diferente. Quando focamos nos detalhes, fazemos a movimentação completa e conseguimos cestas fáceis. É importante estar com esse pensamento porque faltam apenas 20 dias para a estreia nos Jogos Olímpicos".

Este é, sem dúvida, um ponto importante, mas não o único. Faltando vinte dias para as Olimpíadas de Londres, há algo fundamental: Nenê, Leandrinho, Huertas, Splitter e Anderson, provavelmente os cinco principais jogadores do Brasil, não conseguem jogar juntos. Seja por problema de lesão, de seguro ou qualquer outro motivos, os alicerces de Magnano precisam de entrosamento em jogo, em amistoso – e não estão conseguindo isso nesta fase de preparação.

Não consigo cravar, mas acho que os cinco acima citados jamais atuaram juntos pela seleção brasileira (busquei no site da CBB, mas não garanto a informação). Se formos falar dos três pivôs (Varejão, Nenê e Splitter), a única competição em que o trio esteve junto foi no Pré-Olímpico de 2003 – ou seja, há quase uma década. Nenê se ausentou em quase todas, e quando foi, em 2007 (Pré-Olímpico de Las Vegas), ou em 2010, na preparação para o Mundial, que não esteve foi Anderson Varejão.

Houve problema de todos os tipos para que o quinteto de feras e o trio de pivôs não se encontrasse (lesões, seguro, pinimba com a antiga gestão da CBB), e o mais importante é que Nenê se recupere para o Super 4 de Foz do Iguaçu desta semana. Não para uma revanche contra a Argentina, mas sim para que o principal grupo da seleção atue pelo menos um pouquinho junto.

Só com todos eles a disposição de Magnano o Brasil terá chance de medalha, e só com eles em quadra saberemos quais as reais chances de isso de fato acontecer.

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