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Bala na Cesta

Seleção feminina vence primeiro tempo, mas perde da Austrália em amistoso por 85-64

Fábio Balassiano

24/06/2012 11h18

Tentei, mas não consegui ver o primeiro amistoso real da seleção brasileira (começou às 3h30 de Brasília). Em Melbourne, o time de Luiz Cláudio Tarallo não teve Adrianinha, venceu o primeiro tempo por 35-29, mas não resistiu (56-29 no segundo tempo) e perdeu para a Austrália, que, é bom dizer, tampouco teve Lauren Jackson, por 85-64 (aqui as estatísticas completas). Iziane, com 26 pontos, foi a cestinha. Vamos a alguns pontos importantes (e, insisto, não vi o jogo):

– Sem Adrianinha, pelo que vi nas estatísticas Tarallo começou o jogo com Joice na armação (ela saiu machucada, como diz Tarallo em entrevista aqui), e depois testou Karla e Jaqueline na função. Mas não deu muito certo. O Brasil deu apenas nove assistências, sendo três de Damiris (22 da Austrália) e teve apenas dez pontos de suas armadoras.

– Sobre a rotação de Tarallo. Silvia começou de titular, mas Karla, Chuca e Jaqueline também foram testadas na ala ao lado de Iziane, a que mais jogou com 31 minutos. O aproveitamento do quarteto Karla-Silvia-Chuca-Jaqueline? De 3/17 (17,6%) em 62 minutos. Nos pivôs, Franciele foi a que menos tempo de quadra teve (quatro minutos, o que para mim impressiona). Nádia teve 11, e Clarissa, 15.

– Conversei, pelo Twitter, com Jenna O'Hea (17 pontos e sete assistências). Ao contrário do que a gente pensava por aqui, a Austrália também fez o seu primeiro amistoso de alto nível. O time olímpico foi definido na sexta-feira, e, de acordo com ela, com este elenco foi a estreia mesmo.

– O Brasil não errou muito (15), mas os desperdícios de bola geraram 14 pontos para a Austrália. Do outro lado, as donas da casa tiveram 12, e viram as brasileiras fazer seis pontos através dos erros (índices muito diferentes).

– Outro dado interessante: como se imaginava, o Brasil teve muitos rebotes ofensivos (garrafão forte). Érika e Damiris tiveram 12 dos 15 da seleção, mas o aproveitamento do time nos arremessos de dois foi muito ruim (31%). De todo modo, houve uma coisinha positiva pacas: o time não insistiu nos tiros longos (apenas 12 tentativas, para cinco conversões).

– Érika não foi muito bem. Estourou com faltas em 28 minutos, mas errou sete de seus oito arremessos. Sua par no garrafão, a jovem Damiris (31 minutos), segue impressionando e não sentindo pressão alguma. Anotou 13 pontos, teve 11 rebotes e ainda deu as três assistências que citei acima.

– Apesar da dupla, o Brasil levou 40 dos 85 pontos no garrafão (quase a metade, portanto) e ainda viu as australianas anotarem 16 pontos em segundas-chances (através de rebotes ofensivos, portanto). Os índices do Brasil? Foram 22 pontos no garrafão, e oito pós-rebotes de ataque. A pivô Liz Cambage (foto), aliás, foi a cestinha da Austrália com 18 pontos.

E aí, dá pra tirar alguma conclusão deste primeiro teste real da seleção feminina? Comente na caixinha!

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