Com o duelo entre LeBron James x Kevin Durant, a redenção da NBA pós-locaute

Em algum canto dos Estados Unidos David Stern, comissário geral, sorri, sorri muito. A temporada da NBA poderia não acontecer por causa da greve patronal (o locaute), acabou rolando de maneira atropelada (66 jogos em menos de cinco meses), muitos jogadores se machucaram e os playoffs foram meio devagar (principalmente no Oeste). Fracasso total, certo? Se a final não fosse entre Miami Heat e Oklahoma City Thunder, provavelmente. Com o duelo LeBron James x Kevin Durant, tudo muda de figura.

LeBron James, você sabe, é um dos caras mais contestados do basquete mundial. Midiático, vaidoso, caras-e-bocas, fale o que quiser, mas sua evolução é assustadora de um ano para cá. O que ele fez na série contra o Boston, conforme coloquei aqui ontem, foi absurdo, incrível, inacreditável. Colocou Dwyane Wade (gente, é o Wade, e não o Sasha Vujacic) nas costas, superou a ausência de Chris Bosh durante quase cinco jogos e mostrou que está maduro, enfim, para colocar o anel em suas mãos.

O caladão Kevin Durant, por sua vez, tem 23 anos (cacetada, imagina o que esse rapaz ainda pode fazer na NBA e no basquete mundial!), cinco anos de NBA e performances sensacionais em playoffs desde a temporada passada. Não tem a explosão física de LeBron (quem tem?), mas possui braços longos e um arsenal ofensivo que é quase impossível de ser marcado.

No final das contas, é bem simples: de um lado, a redenção de LeBron. Do outro, o começo da coroação de um possível grande gênio do basquete mundial (Kevin Durant). Provavelmente um marcará o outro, um vigiará e apreciará o outro. David Stern ri, e todos nós ficamos felizes.

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