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Bala na Cesta

De hoje não passa: campeão do Leste será decidido no 7º jogo entre Heat e Celtics

Fábio Balassiano

09/06/2012 01h07

De hoje não passa. Depois de seis jogos, Miami Heat e Boston Celtics decidem neste sábado (21h30, ESPN) quem será o representante do Leste na final da NBA contra o Oklahoma City Thunder, que a este momento assiste tudo de camarote e descansa um pouquinho antes da grande decisão da liga.

E, sim, tudo estará nas mãos de LeBron James neste sábado. Se jogar o que jogou na quinta-feira (45 pontos, 15 rebotes e cinco assistências), o Boston pode entrar com 15 em quadra que não ganha do Miami. Se errar 13 de 14 dos três pontos, nem se LeBron ficar de fora os Celtics ganham do Heat, de verdade. E já que está tudo em cima de LeBron, qual seria a melhor saída para detê-lo?

Erik Spoelstra é sempre muito criticado (justamente), mas já que estava contra a parede, arriscou tudo para o jogo 6. Colocou LeBron James como armador de fato e direito, jogou em alguns momentos com uma formação que tinha LBJ, Wade, Miller, Battier e Chris Bosh e chamou isolações (um-contra-um) atrás de isaolações para o seu camisa 6. Deu certo. Mais de 35% das jogadas ofensivas do Miami vieram de um-contra-um ou jogadas de costas para a cesta (post-up), e LeBron, inspirado, capitalizou em cima de quem quer que fosse (ele teve 1,32 pontos por posse de bola, um absurdo!). Paul Pierce foi a sua vítima preferida (33 dos seus 45 pontos vieram nos 30 minutos em que Pierce colou em James), mas Mickael Pietrus, bom defensor, também sofreu um bocado (10 pontos em nove minutos de marcação). Só um dado a mais aqui: contra os verdes, que têm um baita sistema defensivo, LBJ tem média de 34 pontos e 54,2% nos arremessos.

Para o Boston, uma boa saída pode ser colocar Kevin Garnett em alguns momentos para vigiar LeBron James. Ele é forte, braços longos e intimida um pouco. Eu, de verdade, não arriscaria mais com Pierce, não. O camisa 34 não só não aguenta LeBron (ninguém consegue marcá-lo do jeito que o cara estava na quinta-feira para ser sincero) como também fica morto, acabado, cansado, para atacar a cesta no lado oposto (terminou com 4/18 e três erros). Outra solução poderia ser começar com Pietrus em James, e forçar dobras constantemente (no mano a mano ninguém pára o cara). Mas, de verdade, isso aqui tudo é teoria. Insisto: se ele estiver inspirado, ninguém segura o camisa 6 da Flórida.

Este será o quarto jogo 7 dos playoffs de 2012. O Boston participará do segundo (no outro, em casa, bateram os Sixers por 85-75). O Miami, do primeiro. Uma estatística é sempre importante aqui: quem jogou em casa ganha 89% dos jogos 7 na história da NBA. Muita coisa, não?

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