Com ótima atuação coletiva, Flamengo vence São José na abertura das semifinais do NBB
Estive ontem no ginásio do Tijuca e vi mais uma ótima atuação do Flamengo (a segunda seguida – aqui vale o elogio ao sempre criticado Gonzalo Garcia). Venceu São José por fáceis 84-68, abriu 1-0 na série e agora viaja para o interior de São Paulo não com uma confortável vantagem, mas com duas certezas: a) jogando desta maneira, equilibrada e consciente, o time fica muito difícil de ser batido; b) os joseenses jogarão na sexta-feira com uma pressão incrível, pois novo revés colocaria a série em 0-2 (para aumentar o drama, a única derrota em casa em 16 embates jogos no NBB4 foi justamente contra o Fla em 10 de dezembro).
Sobre o jogo desta terça-feira, ele foi uma continuação da quinta partida do Fla contra Uberlândia (ou seja: ótima defesa, poucos chutes de fora – 17, contra 32 de dentro – e muitos pontos em contra-ataque). O time da Gávea defendeu muito bem desde que a bola subiu, mas a chave do jogo foi o jogo no garrafão (de novo!). Caio Torres (ele melhorou demais nas últimas duas semanas), Kammerichs e até Hayes tiveram muitos touches (21 arremessos dos 49 tentados pelo Fla, ou 42,8% – na temporada regular o índice não chegou a 30%), carregaram Murilo com faltas logo no princípio e acabaram abrindo espaço para arremessos sem tanta marcação de Jackson, Marcelinho e Hélio.
Com isso, e desesperados porque a vantagem só subia (chegou a mais de 20 pontos), os joseenses começaram a chutar loucamente de fora, e foram castigados por isso. O resultado foi pífio (9/33), os rebotes rubro-negros só aumentavam (foram 27 defensivos) e no final das contas a equipe de Régis Marrelli acabou tendo três chutes a mais de de longe do que de dois pontos – bizarro, não?
Com força no garrafão, defesa consistente e com sete atletas com nove pontos ou mais, o Flamengo nem precisou de um Marcelinho (foto) genial para bater um difícil rival. O veterano ala teve 14 pontos, mas chutou 4/12 (desta vez com poucos arremessos forçados, é bom que se diga) e viu David Jackson mais uma vez ser o cestinha com 17 pontos (o norte-americano tem um chute muito rápido e fácil). E isso, vamos combinar, é um baita mérito de Gonzalo e de todo o time do Flamengo. Não precisar de sua maior estrela em noite inspirada mostra quão boa foi a atuação coletiva da equipe.
O jogo 2 é daqui a dois dias, e nova vitória deixaria o Flamengo pertinho de mais uma final (a terceira em quatro edições do NBB). O que será que acontece: São José empata, ou os rubro-negros seguem bem e ganham mais uma (seria a terceira consecutiva no mata-mata)? Comente na caixinha!
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