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Bala na Cesta

Sem Amare Stoudemire, New York Knicks recebe Miami Heat e luta pelo quase impossível

Fábio Balassiano

03/05/2012 00h14

Depois do jogo 2 em que o Miami fez 104-94 no New York Knicks, Amare Stoudemire deu um murro em um vidro, quebrou a mão e está fora do jogo 3 desta noite (foto). Com 0-2, os nova-iorquinos abrem as portas do Madison Square Garden para tentar o quase impossível: vencer quatro dos próximos cinco jogos para avançar para as semifinais do Leste.

Não será nada fácil, embora a ausência de Amare Stoudemire não seja tão sentida assim. Vamos a alguns números interessantes dele e do duelo até então (Jeremy Lin deve atuar no quarto jogo, no domingo).

– Com Amare Stoudemire fora de quadra, o New York tem 11 pontos a mais em 100 posses de bola do que quando ele está em quadra. Ou seja: os Knicks são MUITO mais efetivo quando Amare está no banco ou ausente (caso desta quinta-feira).
– Sua falta de eficiência dentro do garrafão também impressiona. Perto da cesta, LeBron James ainda não errou na série (são nove arremessos convertidos seguidamente) e Dwyane Wade tem 7/9.
– Sem Amare, o New York Knicks pode, enfim, usar a estratégia dos "quatro abertos" nos playoffs, com Carmelo e Steve Novak, que liderou a liga em percentual de três pontos (mais de 43%), nas alas, dificultando, assim, a marcação do Miami fora do perímetro e colocando Tyson Chandler (melhor defensor da temporada) como a âncora defensiva do time.
– Para vencer, porém, não basta apenas arremessar de fora. O New York Knicks precisa entender que as jogadas de isolamento de Carmelo Anthony não têm feito tanto sentido (3/15 no jogo 2). As assistências caíram terrivelmente, e na terça-feira foram apenas 15 em 38 arremessos convertidos (38,5%). Foi a segunda pior marca do time na temporada (a pior foi em 3 de abril contra os Pacers – 36,8%). No jogo 2, o Miami teve o mesmo número de passes, mas em 28 arremessos convertidos (percentual de mais de 73%, portanto).
– Um reflexo dessa falta de jogo coletivo e de agressividade é na diminuição dos lances-livres. Se na temporada regular os Knicks cobravam 24,8 por noite, nos playoffs, até agora, a média não passa dos 15 e apenas Melo, Amare e Chandler foram cobrar lances-livres (incrível, não?).

Conclusão: com ou sem Amare, a missão que era difícil hoje parece impossível. Será que os Knicks, que atualmente têm a maior sequência se derrotas seguidas (são 12, igual ao Memphis Grizzlies) consegue vencer a primeira partida de pós-temporada depois de quase 12 anos?

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