Topo

Bala na Cesta

Quase quarentão, Steve Nash mira playoffs da NBA em recuperação espetacular do Phoenix

Fábio Balassiano

18/04/2012 00h20

No dia 17 de fevereiro, o Los Angeles Lakers passou pelo Phoenix Suns por 111-99. Steve Nash (foto) bem que tentou, mas suas 17 assistências foram insuficientes para conter os 36 pontos de Kobe Bryant. Praticamente na metade da temporada, o time do Arizona amargava apenas 12 vitórias e 19 derrotas, e se sonhar com os playoffs parecia impossível, no mínimo era de esperar uma reação do time para honrar a história de seu grande líder. Mas não sabendo que era impossível, Nash foi lá e fez.

Na mais espetacular história de recuperação da temporada, o Phoenix Suns reencontrou o caminho das vitórias. Os 12-19 saltaram, dois meses depois, para 32-29, ou seja, foram 19 triunfos, dez derrotas e a oitava colocação do Oeste na classificação (em abril, para se ter uma ideia, são sete vitórias em dez duelos).

E embora o banco tenha começado, de fato, a produzir mais (Michael Redd, recuperado de inúmeras lesões, contribui com 8,2 pontos, Shannon Brown tem 10,6 e o calouro Markieff Morris, 7,6 – em termos de pontuação, os reservas do Arizona estão em quinto da NBA, com 35,4 pontos por noite), quem dita o ritmo mesmo é a dupla Steve Nash e Marcin Gortat (o polonês, em sua primeira temporada completa como titular, registra ótimos 15,8 pontos, 1,5 tocos e 9,8 rebotes), que se entrosa cada vez melhor. E se o pivô tem ido muito bem, o que dizer de Nash?

Com 38 anos, o canadense registra os piores números em minutos (31,9) e pontos (12,6) desde que se tornou titular no Dallas em 2001 (natural, não?), mas não perdeu a mão para os passes e nem a pontaria nos chutes. São 10,9 por noite (o vice-líder da liga), incríveis 53,5% nos arremessos (melhor índice da carreira), sete partidas com dígitos duplos em assistências na últimas dez pelejas (em uma ele jogou seis minutos, em outra ele teve nove e na restante, cinco) e em cinco ocasiões o armador registrou 17 passes na temporada.

O único problema é que para garantir a vaga no mata-mata os Suns precisarão de gás, energia, e pode ser que falte perna a um elenco que conta, além de Nash, com Grant Hill (outra quase quarentão por lá). Faltando cinco partidas para acabar a temporada regular, o Phoenix tem, a partir de hoje à noite, o Oklahoma, Clippers, Denver (confronto direto), Utah (único jogo fora de casa nesta sequência) e Spurs. Nada fácil, concordam?

Nash é um dos melhores armadores da última década, e provavelmente terminará a sua carreira sem ter ido a uma final da NBA. Não tira, porém, o seu mérito de sempre ter jogado um basquete refinado e com uma visão de jogo absolutamente privilegiada. Merece ir aos playoffs e merece muitos aplausos se conseguir levar um time limitado, limitadíssimo, aos playoffs da NBA.

Será que ele consegue? Comente na caixinha!

Sobre o blog

Por aqui você verá a análise crítica sobre tudo o que acontece no basquete mundial (NBB, NBA, seleções, Euroliga e feminino), entrevistas, vídeos, bate-papo e muito mais.