Com a saída de Derek Fisher, Los Angeles Lakers perde líder e referência

Eu não consigo entender mais nada do que acontece com o Los Angeles Lakers. Desesperado no dia final de trocas, Mitch Kupchak, o gerente-geral, deve ter ligado para 31 das 30 franquias da NBA. Não duvido que tenha oferecido todos menos Kobe Bryant. Em uma tacada de mestre, conseguiu Ramon Sessions e acabou com os dias de Luke Walton e Jason Kapono na Califórnia. Foi bem nessa o Mitch.

O que eu não entendi, de verdade, foi a transferência seguinte. Com três armadores no elenco (o recém-chegado Sessions, Steve Blake e Derek Fisher), o que você, estimado leitor, faria: mandaria embora Steve Blake ou Derek Fisher? Pois é, Mitch escolheu o veterano armador, cinco vezes campeão pelos Lakers, único cara capaz de chamar Kobe Bryant para uma conversa séria e líder emocional da equipe. E trocou por Jordan Hill, pivô do Houston que se não é uma baranga, está longe de ser um baita reforço.

Na boa, eu não sou louco. Sei que Fisher não estava jogando bem nos Lakers nesta temporada, sei que a NBA é um grande negócio e sei que não há muito espaço para o coração em uma liga tão profissional como a norte-americana. Sei disso tudo, mas a equação pra mim é bem simples. Derek Fisher não pode mais ser titular da franquia? Não pode. É um fato. Derek Fisher é pior que Steve Blake? Não é e nunca será – com 25, 30, 50 ou 76 anos.

O que me estranha, de verdade, é a capacidade de o Los Angeles Lakers implodir a sua história assim tão fácil. Fisher, que, é bom lembrar, ficou negociando com os donos de franquias durante o locaute em suas férias para evitar o pior (agora ninguém lembra disso, né…), cansou de acertar arremessos importantes, decisivos, improváveis e lindos para os Lakers na última década, e se Kobe Bryant tem grandíssima parcela de "culpa" nos títulos, o camisa 2 também foi fundamental nos canecos – e Kobe mesmo cansou de reverenciá-lo.

O que fez o time angelino nesta quinta-feira? Despachou o cara dos vídeos que colocarei abaixo para trazer duas peças que jamais terão 10% da história de Fisher nos Lakers – se ainda fosse para trazer Deron Williams eu entenderia. Que pena, que pena. Derek Fisher, o ídolo de carne e osso, não merecia isso.