Apesar do saldo positivo, audiência do Jogo das Estrelas ainda é baixa na TV
Como disse no post abaixo e nos demais deste espaço desde sexta-feira, o saldo do Jogo das Estrelas da Liga Nacional foi bem positivo dentro e fora de quadra em termos de organização. O problema é que isso tudo não se refletiu na audiência da TV Globo.
De acordo com dados do IBOPE, o Jogo de sábado rendeu uma média de 4,6 pontos (280 mil pessoas), deixando a emissora carioca na segunda colocação na maior parte do período (10h ao meio-dia) e em alguns momentos na terceira colocação da medição (o SBT, exibindo desenhos animados, liderou com folga – média de 6,8 pontos – e a Record disputou a vice-liderança com a Globo).
Em relação ao jogo do ano passado, que também teve a transmissão da TV Globo, houve, ainda, um decréscimo na audiência (em 2011, 5,7 pontos e a mesma vice-liderança no IBOPE). De acordo com profissionais da emissora, o sábado de manhã não "é um horário bom para o esporte historicamente, mas a Globo acreditava que o carisma de Tiago Leifert alavancasse a audiência deste ano". Aqui, também, entra um fator importante: pode ser o começo da entrada do esporte em um horário "vago" da grade de programação do canal.
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Apesar disso tudo, de verdade eu não acho uma catástrofe a audiência do jogo de sábado. Mas é preciso dimensionar as coisas e traçar um plano de ação. Como digo há alguns anos, deixar tudo na mão da televisão para fazer com que o basquete volte a ter sucesso é um erro (e aí entra outro engano da LNB: nas finais da temporada passada, a Liga não permitiu que a Rádio da ESPN exibisse os confrontos entre Brasília e Franca, o que aumentaria o alcance da competição absurdamente). O outro é achar que as pessoas vão voltar a ver basquete de uma hora para a outra por causa da exibição de um jogozinho só na emissora de maior sucesso do país. O último é achar que depois de 12 meses sem exibir nada de basquete em sua grade de programação a audiência vai aumentar simplesmente por causa do carisma de um cara que deveria estar ali para reportar os fatos (é a sua função, não?) e não para fazer caras, bocas e esquetes em um evento que não é da firma em que ele trabalha (mas sim dos clubes).
Fica a lição para a Liga Nacional, e para a própria TV Globo também. O evento foi ótimo, mas acho que chegou o momento de o basquete entender que está sendo ótimo apenas para aqueles que ainda gostam de basquete. E a modalidade, se quiser voltar a crescer, precisa trazer para perto aqueles que ou pararam de acompanhar devido aos micos dos últimos anos ou aqueles que nunca curtiram o esporte mas que amam boas opções de entretenimento.
O produto é bom, o crescimento é nítido, mas para dar o grande salto é necessário um plano um pouco mais criativo do que o surrado "vamos deixar com a Globo".
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