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Bala na Cesta

Com Ron Artest em alta, Los Angeles Lakers passa a ter chance na NBA

Fábio Balassiano

06/03/2012 15h29

No começo da temporada da NBA, Ron Artest, que agora atende por um apelido ridículo (e tal qual faz Shaquille O'Neal, não vou chamá-lo assim), deu a seguinte declaração: "Não joguei bem no campeonato passado porque estava cansado de marcar todos estes caras e humilhá-los. LeBron James, Wade, Carmelo, todos estes já sofreram na minha mão e eu acabei relaxando".

Alucinações artestísticas à parte, em uma coisa ele tem razão: Ron Artest se tornou um jogador muito fraco de dois anos para cá (desde que os Lakers bateram os Celtics na final com um chute de três dele no minuto final – relembre aqui). E com isso o desempenho angelino caiu, caiu e caiu. O time sofreu demais para bater os Hornets na primeira rodada e depois foi varrido pelos Mavericks na segunda. Neste torneio, irregularidade e derrotas fora de casa marcam a campanha.

Algo precisava ser feito, mas Ron Artest decidiu continuar de férias no começo desta temporada pós-locaute até o começo da última semana (apenas para análise: ele tem os piores números de sua carreira em 2011-2012). Desde então o camisa 15 voltou a apresentar o seu melhor jogo – principalmente na marcação.

Contra o Minnesota, alucinou Ricky Rubio e foi ótimo nas coberturas a Kevin Love. Contra o Sacramento, teve uma roubada crucial e ainda contribuiu com 15 pontos, quatro rebotes e três assistências. E contra o Miami, no último domingo, o grande show. Diante de LeBron James, Artest deixou o camisa 6 doido, maluco, transtornado com uma marcação feroz e por vezes faltosa. Diante de Ron-Ron, LeBron errou nove de 13 arremessos e ainda desperdiçou duas bolas. Se isso fosse pouco, o ala dos Lakers ainda encontrou forças para anotar 17 pontos, apanhar sete rebotes e roubar quatro bolas.

Todo mundo sabe quão imprevisível é Ron Artest, mas o fato para mim é claro: os Lakers dependem muito dele se quiserem ir longe no Oeste. Em um eventual duelo de playoff contra o Oklahoma, Artest defenderia Kevin Durant. Diante dos Spurs, poderia ajudar Derek Fisher na marcação a Tony Parker (o mesmo valeria para o clássico contra Chris Paul e os Clippers).

O time é de Kobe Bryant, mas é a marcação de Ron Artest que fará a diferença para os Lakers. Com ele bem, ou muito bem, como na semana passada, os angelinos têm chance e podem  sonhar com anel. O difícil, e isso é sempre bom lembrar, é contar que a cabecinha de Ron-Ron funcione às mil maravilhas até os playoffs…

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