Sem evoluir o que se esperava, armador Vitor Benite vê Olimpíadas mais longe

Na semana passada a Liga Nacional de Basquete divulgou a lista completa dos jogadores que participarão do Jogo das Estrelas na próxima semana, em Franca. E um nome me chamou a atenção. Foi o de Vitor Benite. Mas não foi porque ele estava no grupo, mas sim pela sua ausência.

E se estranho é justamente porque Benite terminou o NBB3 ganhando três troféus na premiação oficial da LNB (jogador que mais evoluiu, a maior revelação e o melhor sexto homem do campeonato) e com uma decisão que, segundo ele, aceleraria seu desenvolvimento: trocar Franca por Limeira, onde jogaria como armador, função que gostaria de exercer em sua carreira em âmbito mundial.

O problema é que até agora muito pouca coisa mudou e o ala promissor (no ano passado chegou a se falar até em NBA) se tornou um armador apenas regular. As médias são praticamente as mesmas (seus 14,7 pontos e 2,5 assistências em 2010-2011 viraram 13,6 e 4,1 em 2011-2012), o que demonstra que seu jogo ainda não conseguiu atingir o patamar que jogador, torcedores de Limeira e imprensa esperavam (seu crescimento físico tampouco veio até agora). Tudo isso, somado, pode ser reflexo de sua mudança de clube, uma constante em sua carreira (nas últimas três temporadas, três clubes diferentes – Pinheiros, Franca e agora Limeira).

O pior para ele é que a convocação para as Olimpíadas se aproxima, e do jeito que vem jogando seu nome passa a ser mais do que uma dúvida na lista de Rubén Magnano para Londres (é bom lembrar que ele teoricamente disputa vaga com Raulzinho, Nezinho e Rafael Luz na armação – os três em alta – ou com Leandrinho, Alex, Marcelinho e Marquinhos na ala).

A análise deste post pode ser dura, mas acho que Benite, que se cobra bastante, não gostaria de ler um texto lambe-botas. Ele é um menino talentoso, que pode, sim, chegar a atuar em outro nível (mais do que isso: o jogador tem noção que seu basquete deve estar em outro patamar). Do jeito que se apresenta hoje, Benite, filho do ídolo de Magic Paula (Frico), caminha para ser um jogador comum, mais um no meio da multidão que joga no NBB.

E seu talento lhe permite/permitia alçar vôos mais altos, concordam comigo?