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Bala na Cesta

Prefeitura retira apoio financeiro do basquete feminino de Americana

Fábio Balassiano

21/01/2012 11h28

Envolvida em uma série de denúncias por causa do Programa Segundo Tempo (que coisa, hein!), a Prefeitura de Americana anunciou ontem a retirada do apoio financeiro ao time de basquete de cidade, que hoje enfrenta o Araçatuba em partida válida pela Liga de Basquete Feminino.

Chateado, Ricardo Molina, Superintendente de Negócios, Produtos e Marketing da Unimed e presidente da Associação responsável pela gestão do projeto da cidade, colocou em seu Twitter na manhã de ontem o seguinte: "Secretário de Esportes de Americana encaminha ofício a ADCF/Unimed (clube) comunicando o cancelamento do apoio financeiro para a equipe de basquete. Apoio financeiro este acordado antes do inicio da LBF e que agora, no meio do campeonato, mudam-se as regras e os compromissos. Gostaria que o secretário nos sugerisse como faremos para terminar a Liga honrando os compromissos com as atletas e comissão técnica. Infelizmente ainda existem pessoas que não honram seus compromissos e acabam prejudicando o trabalho sério de outras pessoas. Seria nobre se o secretário viesse a público explicar o porquê de não mais ajudar a equipe de Americana depois de compromisso assumido".

Na boa, a notícia não é ruim – ela é péssima (e não só para a cidade, mas para o basquete brasileiro de um modo mais amplo). Americana tem um dos melhores (o melhor?) trabalho de base do país, e o apoio da prefeitura era/é fundamental na manutenção de elementos importantes do projeto (as repúblicas que as meninas da base ficam alojadas eram bancadas pela prefeitura, assim como o transporte para os jogos e a alimentação das jogadoras das categorias inferiores).

Agora, como bem colocou Molina no Twitter, a situação fica bem complicada: através dos patrocinadores (a Unimed local é a maior) deverá vir a verba que fará com que o projeto não morra, não termine, como aconteceu há cerca de sete anos – quando o time adulto deixou de existir. A diferença é que, agora, estamos falando da alma, da essência, da razão de existir do basquete feminino da cidade (a base). O grande time que Americana conseguiu montar nos últimos dois, três anos vem muito da força que as categorias inferiores trazem (e não o contrário).

É uma pena, de verdade é uma pena. E eu espero sinceramente que o projeto de Americana não perca força com este baque.

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