Em casa, Boston perde jogo pra lá de emblemático para o Oklahoma
Não foi um grande jogo ontem em Boston (longe disso). Mas no final das contas, com dois arremessos de três pontos do ótimo Russell Westbrook, deu a lógica: os Celtics, que tinham o apoio de uma torcida que ao menos tentou animar o time, perderam para o Oklahoma City Thunder por 97-88 e amargaram a quinta derrota consecutiva e a oitava em 12 partidas da temporada. E foi um jogo pra lá de emblemático.
De um lado, um time físico, jovem (o titular mais velhor tem 27 anos), atlético e com um punhado de boas opções no banco de reservas (Harden, Collison, Mohammed e Cook, por exemplo). De outro, um que está se arrastando em quadra, com um titular abaixo dos 30 anos (Rondo, o mais caçula, fará 26 em fevereiro) e com três veteranos que são sombra do que eram há dois, três anos (Kevin Garnett chutou 5/19 ontem, Ray Allen outros 2/7 e Paul Pierce não consegue marcar ninguém mais). O pior disso tudo? O boom do Oklahoma como time favorito ao título da NBA veio justamente da troca com os Celtics.
Foi pescando Kendrick Perkins (foto) e efetivando Serge Ibaka como titular do garrafão que os Thunder cresceram, passaram a jogar um basquete mais uniforme e conseguiram o famoso e procurado equilíbrio entre os chutes de Westbrook e Kevin Durant e a defesa que praticamente só existia com Thabo Sefolosha. Do outro lado, houve um pouco de azar com a saída de Jeff Green, o jogador adquirido pelo Boston que teve problemas cardíacos e foi operado de urgência, mas é impossível não associar a leseira atual do elenco ao gerente-geral Danny Ainge, cujo trabalho é péssimo durante quase dez anos com um espasmo de genialidade (quando Kevin Garnett e Ray Allen vieram).
É bem verdade que agora não dá mais para o Boston Celtics chorar. O cenário está pronto, armado, não dá para correr. Mas acho que chegou a hora de reconstruir. É possível conseguir boas peças, ou no mínimo escolhas no draft dos próximos anos, com Garnett, Allen ou até Pierce (times que têm dinheiro e precisam de sucesso imediato podem querer arriscar em estrelas para no máximo mais dois anos).
O trio deu um título que não vinha há mais de 20 anos, faz parte da história do Boston, mas é preciso olhar o presente e planejar o futuro. Os Celtics têm um baita armador, um bom técnico e três calouros no elenco cujo espaço em quadra hoje fica limitado por causa da presença dos veteranos. Limpar a folha salarial despachando Garnett, Allen ou Pierce (ou Garnett, Allen e Pierce), procurar ótimos agentes-livres no verão de 2012 e acertar a mão no Draft parece imperativo para uma franquia que precisa reencontrar o caminho das vitórias.
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