Presidente da Federação do Maranhão questiona Confederação e mira eleições de 2013
A eleição para o cargo máximo do basquete brasileiro acontece apenas em 2013, mas engana-se quem acha que o pleito ainda não começou. Gerasime Nicolas Bozikis é, sim, pré-candidato da oposição (oposição?) no próximo pleito (comenta-se, até, que ele tem um financiador fortíssimo para a sua campanha) e Carlos Nunes, o atual mandatário, também já articula alianças e movimentos (alguns absolutamente questionáveis). Mas não é só isso.
Revoltado após a última reunião de cúpula da Confederação Brasileira, Manoel Castro, presidente da federação do Maranhão, abriu fogo contra Carlos Nunes, presidente da CBB, a quem Manoel atribui um regime autoritário na entidade máxima.
No último encontro da Confederação Brasileira Manoel cobrou veementemente ações mais fortes para a base do basquete nacional e (o principal) uma explicação séria sobre as despesas administrativas do balanço financeiro da CBB, que subiram de 4,8 milhões em 2009 para 7,2 mi em 2010 (50% de aumento, portanto – para saber mais sobre o balanço financeiro de 2010 da entidade entre aqui e procure pela seção "Balanço da CBB"). Por esta razão as contas de dois anos atrás foram aprovadas, mas com a ressalva que estas despesas deveriam ser enviadas aos presidentes da federação – fato que até agora não aconteceu.
O blog foi conversar com Manoel a respeito da situação da relação da Confederação Brasileira com as federações. O relato é pouco animador. Leia abaixo.
BALA NA CESTA: Como estão as contas de 2010 da CBB? Elas já foram aprovadas?
MANOEL CASTRO: Foram aprovadas mas a CBB, através do Presidente Carlos Nunes, de acordo com a ata, deveria mandar uma relação com as despesas administrativas visto que as mesmas aumentaram de forma absurda. Trata-se de dinheiro público e por isso temos que ter ainda mais responsabilidade. Acredito que se o Tribunal de Contas da União apurar as contas de 2010, elas terão que ser analisadas novamente.
BNC: Na última reunião da Confederação o senhor falou sobre o problema na base deste país. Qual foi a reação do presidente Carlos Nunes e seus (dele) movimentos posteriores?
MC: O Nunes foi frontalmente contra qualquer mudança que fosse em beneficio da base do basquete Brasileiro, essa é a verdade. Queríamos que a CBB investisse na base pois acreditamos que é de lá que saem os Nenês, Varejões, Leandrinhos etc. . No momento em que fiz a proposta ele partiu imediatamente para reprová-la e em respeito ao Presidente da federação mineira e de alguns outros, que solicitaram que eu deixasse para março as minhas demandas, eu concordei. Mas digo uma coisa: com certeza tínhamos maioria para aprová-la e vamos fazer isso em março de 2012.
BNC: Quais serão as suas atitudes daqui pra frente?
MC: Sou oposição aberta contra a administração Carlos Nunes. Além disso, estarei ao lado daqueles que vêm sendo oprimidos pelo regime autoritário atual da Confederação.
BNC: Muito se comenta que o Grego possa voltar para ser o candidato da oposição a Carlos Nunes. É o nome que te agrada?
MC: O nome será o que contemplar a melhor aceitação entre presidentes de federação, mídia e a opinião pública. Acho precoce falar que será A, B ou C, mas penso num nome de consenso. Tenha, Bala, a certeza de que o próximo presidente será aquele que vai abrir a CBB para todos, sem segredos. A confederação é uma entidade do povo brasileiro, que ama o basquete e é o ultimo a saber das coisas. Tenha certeza: vamos lançar um candidato forte e vamos derrubar a caótica administração atual. Não se engane: classificar para as Olimpíadas foi um grande feito mas matar a base significa sofrermos daqui a pouquíssimo tempo novamente sem conseguirmos nos classificar nos próximos pré-olímpicos.
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