Com Chicago cada vez mais maduro e Boston em queda, Leste parece 'encaminhado'

Quem estava no Twitter ontem sabe que passei a sexta-feira à noite vendo as partidas da NBA. Comecei com o terrível Knicks x Wizards (Carmelo anotou dez dos últimos 11 pontos do New York e salvou a pele do time), passei pela bela, surpreendente e emblemática vitória de 13 pontos do Indiana em Boston (Larry Bird e Danny Ainge jogaram juntos e hoje são gerentes-gerais das franquias, e David West optou pelos Pacers e não pelos Celtics – para ficar em apenas dois exemplos) e vi o bom jogo de Anderson Varejão na vitória dos Cavs sobre os Wolves, fora de casa (o brasileiro teve 13 pontos, 12 rebotes, cinco assistências, quatro roubos e uma defesa sensacional – principalmente nas coberturas). Mas quem me chamou mesmo a atenção foi o Chicago Bulls.

Como o jogo rolava na ESPN, deixei a TV ligada e vi os Bulls fazerem 17-6 no final para vencerem o Orlando por 97-83 e aplicar a primeira derrota em casa do rival. Com os titulares cansados e sem Rip Hamilon, o técnico Tom Thibodeau teve que rodar o elenco e viu o banco de reservas contribuir com importantes 29 pontos (Kyle Korver saiu-se com 18) e dez rebotes, dando um pouco de tempo para os titulares descansar (mesmo assim Derrick Rose e Luol Deng, o homem que mais minutos joga na liga, atuaram por 39 e 41 minutos, respectivamente). Por isso no fim o Chicago teve gás para segurar a onda e chegar à sexta vitória consecutiva.

Mas como esta temporada da NBA não dá tempo para descanso, lá estará o Chicago nesta noite em quadra. Será contra o também aniquilado Atlanta Hawks (quatro prorrogações nas duas últimas noites, está bom pra você?), fora de casa. Depois, três partidas razoavelmente tranquilas (Pistons, Wolves e Wizards) em três dias seguidos antes do grande confronto contra os Celtics na próxima sexta-feira, em Boston. Com seis partidas longe do lar (5-1), os Bulls são, ao lado do Nets, os que mais vezes jogaram na estrada neste começo de NBA, o que mostra mais uma vez como este elenco tem amadurecido horrores nos últimos 12, 15 meses.

Pode ser cedo, mas vou arriscar aqui. Já dá pra perceber que o Leste já está se encaminhando. Chicago e Miami possuem times excelentes, jovens, atléticos e que aguentarão a temporada puxadíssima. O Boston, por sua vez, parece cada vez mais em delínio (ontem Paul Pierce teve 3-17) e com um banco de reservas terrível. O New York Knicks é esta zona que conhecemos. Sixers e Pacers estão ótimos neste começo, mas ainda longe de enfrentarem os grandes em partidas seguidas de mata-mata.

Acho muito, muito complicado que Bulls e Heat não se encontrem na final da Conferência daqui a alguns meses. Teremos o duelo de um craque contra dois e de um time com técnico e padrão contra outro sem o mínimo de ambos. Será (seria?) bem interessante.