Para agradar projeto de estrela Sacramento demite técnico
Bom, vamos a um fato: o veterano Paul Westphal (61 anos) tinha um retrospecto de 51 vitórias e 120 derrotas em quase três anos de Sacramento Kings. Isso é, de fato, terrível, muito ruim, tenebroso. Mas, e isso precisa ser dito, é um projeto de reconstrução após aquele time maneiro, bacaninha, do começo do Século XXI (Bibby, Christie, Peja, Webber e Divac, com Bobby Jackson, lembram?).
E ninguém começa a vencer com time de reconstrução de cara, certo? Pois não é bem isso que a diretoria do Sacramento pensa. Demitiu Westphal, o técnico que levou o Phoenix Suns às finais da NBA em 1992-1993, depois de ele ter discutido com duas das bibelôs (ou projeto de estrelas) da equipe. No começo da pré-temporada fora com Tyreke Evans. Na semana passada, com DeMarcus Cousins (ambos na foto), que chegou a pedir para ser trocado. É bom lembrar que desde a temporada passada Cousins, chamado de garoto-problema desde seus tempos de universidade (chegou a assinar carta de intenção com Memphis e Alabama antes de ir para Kentucky), reclama de pouco tempo de quadra (e foram bons 28,8 minutos para um calouro).
O que estranha não é a decisão do Sacramento em si (trocar de técnico é justo e o período de três anos é considerável pacas), mas sim a forma como as coisas foram conduzidas. Evans chiou, Cousins fez mi-mi-mi e a diretoria dos Kings roeu a corda. Fez o fácil, o óbvio, o trivial. Demitiu o treinador, passou a mão na cabeça de suas estrelas rebeldes e assinou com Keith Smart, assistente de… Westphal por dois anois. E quer ver como jogador derruba técnico também na NBA? Ontem os Kings venceram os Bucks por 103-100, evitando a terceira derrota consecutiva, com 19 pontos e 15 rebotes do reintegrado Cousins e 26 de Evans.
Lembra, e muito, o caso de Neymar com Dorival Junior no Santos. Mas, é bom lembrar, e não que justifique, mas Cousins está longe, bem longe, de ser um Neymar da NBA – ainda.
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