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Bala na Cesta

Após quase quatro anos, Iziane joga hoje sua primeira partida em clubes brasileiros

Fábio Balassiano

05/01/2012 00h10

São exatos 1.403 dias que separam a última partida de Iziane do dia de hoje, 5 de janeiro de 2012. Em 3 de março de 2008, a ala disputaria a sua última peleja em clubes no Brasil, na final (uma das melhores de todos os Nacionais) entre Ourinhos (veja a foto da ala com a camisa de seu ex-clube) e Catanduva. As donas da casa fizeram 82-80 na prorrogação, fecharam os playoffs em 3-2 e conquistaram, ali, o tetracampeonato nacional.

Pouca gente lembra, mas naquela decisão começaria um dos momentos de crise do relacionamento entre Iziane e Paulo Bassul. Depois da derrota do jogo 2 em casa (81-77) e do jogo 3 longe do lar (91-84), Ourinhos estava contra a parece e a uma derrota da perda do título. Bassul, então, decidiu distribuir o tempo de jogo da marenhense (apenas 19 minutos jogados) entre Karen (somou 18 pontos e conteve a lesionada Karla na defesa) e Izabela (11 pontos) na quarta partida. Deu certo, o time empatou a série e foi vencer no (já referido) quinto duelo, no Monstrinho com Iziane novamente em pouco tempo na quadra (11 minutos).

Ali terminava a história de Iziane no basquete brasileiro de clubes. Mas hoje é diferente. Jogando em casa, no seu Maranhão querido, ela enfrentará Americana às 21h com a certeza de que será aplaudida e ovacionada por um ginásio que deverá ficar cheio, bem cheio (em quadra, ela, por coincidência, terá duas rivais que eram suas companheiras há quatro anos, em Ourinhos – Carina e Karen). Jogará contra um grande time, é verdade, estará com um grupo ainda desentrosado, mas será um baita reencontro.

Para se ter uma ideia de como deve ser a sua recepção, a ala jogou em casa, em competições oficiais, apenas na Copa América, Pré-Mundial, de 2001, quando a seleção brasileira venceu Cuba na final do torneio por 88-83 (também por coincidência, naquele grupo estava Cintia Tuiú, hoje sua companheira de time). Então com 19 anos, ela anotou nove pontos em toda a competição. Mesmo assim foi a mais aplaudida na cerimônia das medalhas.

O mesmo deve acontecer hoje, não? A espera chegou. Depois de 1.403, quase quatro anos, Iziane jogará diante de seu público. Bom para ela. Bom para o basquete feminino brasileiro.

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