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Bala na Cesta

Minha análise sobre a saída de Ênio Vecchi da seleção feminina

Fábio Balassiano

16/12/2011 01h24

Conforme você leu em primeira mão aqui no blog, Ênio Vecchi (foto) não é mais o técnico da seleção brasileira feminina de basquete, time que comandava há menos de um ano. Fiquei pensando, conversei com muita gente e vamos então ao que acho sobre o assunto:

1- Não dá para analisar a saída de Ênio com um "ele é bom" ou "ele é ruim". O buraco é bem mais cima. Chama-se gestão, e a saída de três treinadores em um ciclo olímpico inteiro fala muito sobre como (não) pensa a Confederação Brasileira sobre gerenciamento de equipes e da própria modalidade.

2- Dizer que Ênio está sendo demitido por causa do Pan-Americano beira a piada. De verdade, verdade mesmo. Prefiro nem me alongar neste assunto, sério.

3- Já pararam para pensar que o Brasil irá para Londres com o quarto treinador em quatro anos? Ou seja: para cada competição grande a seleção feminina terá tido um treinador diferente (Bassul na Copa América de 2009, Colinas no Mundial de 2010, Ênio no Pré-Olímpico de 2011 e alguém nas Olimpíadas de 2012). Bizarro, não?

4- Qual, de verdade, é o critério adotado por Hortência para a contratação de um treinador? Quais, na verdade, são os critérios de saída?

5- Partindo do pressuposto que Janeth assume em 2013 para o ciclo que culminará com os Jogos de 2016 conforme já informou Hortência diversas vezes, o próximo treinador esquentará a cadeira da ex-jogadora por um ano, é isso?

6- De verdade que Hortência consegue avaliar o trabalho de um técnico que fez menos de 30 jogos oficiais pela seleção brasileira? É possível isso mesmo?

7- Sempre disse aqui que Ênio Vecchi não era meu nome de preferência para assumir a feminina (assim como Colinas não o foi), mas acho criminoso que a Confederação Brasileira não dê o mínimo de tempo e tranquilidade para qualquer técnico trabalhar. Quantos tiros mais a CBB dará em seu próprio pé?

8- Perguntinha final: cadê o presidente Carlos Nunes que nunca se manifesta? Por que será que ele nunca está na linha de frente dos principais assuntos da entidade?

Acho que é isso. E você, concorda comigo? Comente na caixinha!

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