O 'fenômeno' de Araraquara e o paradoxo da Liga Nacional de Basquete
Falei no post anterior sobre a situação difícil e até certo ponto nova de Franca, que vive no lado de baixo da tabela. A situação é nova para os francanos, mas não é inédita para Araraquara, único dos 15 times que até agora não venceu. Presente em todas as edições do NBB até agora, o clube soma incríveis 60 derrotas na fase de classificação contra apenas 27 vitórias (aproveitamento de 31%). Para se ter uma ideia, a melhor campanha foi de 10-16 em 2009-2010.
É óbvio que o "fenômeno" de Araraquara não é único (está aí o Vila Velha que não me deixa mentir), mas é emblemático sobre um tema fundamental para o crescimento do NBB: até quando times abaixo da crítica jogarão a competição? Só lembrando: na temporada passada, Araraquara não tinha ginásio para jogar na cidade (o teto caiu e as partidas foram jogadas em Matão), os salários ficaram atrasados e houve inclusive a chance de a equipe não ser mantida para a edição 2011-2012.
E só foi mantida por conta de um apoio de última hora da prefeitura local (na foto, os atletas estão com ele, Marcelo Barbieri). Bem, e aí você já sabe o que acontece, né: time montado na conta do chá, às pressas e sem o menor planejamento (se ainda fosse um time recheado de garotos e com o objetivo de revelar talentos ainda dava pra relevar, mas a gente vê que não é o caso – veja aqui o elenco). Não surpreendem as cinco derrotas, de verdade.
Surpreende que a Liga Nacional de Basquete ainda "libere" a entrada de times assim. Na quinta-feira o Araraquara viaja para a capital federal para enfrentar Brasília, o atual bicampeão da competição. Fica a pergunta: qual o atrativo para um jogo assim?
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.