A remontagem de São José já é um sucesso
Conheci Régis Marrelli (foto) no Jogo das Estrelas do NBB em fevereiro de 2010. Então campeão paulista, o técnico de São José comentava comigo que seria difícil manter o ritmo no NBB, já que seu time estava "quebrado" após a dura competição estadual. Não deu outra. Sem força (13-13 na fase de classificação), a equipe bateu Araraquara na primeira fase dos playoffs, mas tombou por 3-0 diante de um forte Flamengo. Em 2010-2011, roteiro parecido. Duas vitórias a mais (15-13), um confronto vencido no mata-mata (3-2 contra Limeira) e uma varrida nas quartas-de-final (por coincidência, também para o vice-campeão do ano – no caso, Franca). Estava claro: algo precisava mudar.
Não que o elenco fosse fraco (não era), mas Régis precisava mexer um pouco no rumo das coisas. Murilo, dominante no perto da cesta, precisava de uma companhia-não-tão-companhia assim. Veio um ala-pivô mais móvel, que joga dentro do garrafão mas com tiro certeiro de fora. Jefferson William traz a precisão que o antigo dono da posição (Rafael Mineiro) não conseguia dar (14,6 pontos, 8,5 rebotes e 1,6 bolas de três convertidas por partida até aqui) e o espaço que Murilo preicava ter (com ele e Mineiro, a marcação se concentrava e faltava espaço).
Na ala, Renato vinha bem, mas talvez o time precisasse de oxigênio novo. Veio Dedé, destaque da campanha de 2009 do Paulistano (derrota na final justamente contra São José) mas apagado em sua passagem por Franca na temporada passada. Ele colabora com 12,8 pontos e 36% de acerto nos tiros de fora. Além disso, Ricardo Fischer foi efetivado e não comprometeu como reserva de Fúlvio, e Chico, Laws e Matheus comandam muito bem o banco de reservas da agemiação (o trio soma 22,4 pontos por jogo – isso sem falar na energia defensiva contagiante).
Se eu bem me lembro, o time campeão Paulista de 2009-2010 tinha, além dos já citados, Wanderson, Di, Mudo, Fabricio e Paulo. São muitos nomes diferentes que Régis (veja mais aqui) possui em suas mãos no momento, e talvez este seja o maior mérito do treinador: ter conseguido dar um padrão tático bem decente a um time formado há tão pouco tempo. Murilo (19 pontos e 8,7) e Fúlvio (8,2 pontos e 7,1 assistências – ele parece, enfim, ter entendido a diferença entre correr e frear) continuam como as estrelas da companhia, mas é bom notar que a "companhia" mudou bastante.
E mudou pra melhor.
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