A grande chance do ala-pivô Murilo na seleção brasileira

A seleção masculina de Rubén Magnano estreia nos Jogos Pan-Americanos na quarta-feira contra o Uruguai. Até lá, o argentino terá dois dias para preparar uma equipe que pouco treinou, mas que conta com jogadores que olham para a competição com muito carinho. Um deles é Murilo, ala-pivô que tem brilhado absurdamente em solo nacional há uma temporada.

Em São José, ele fechou o NBB3 com a melhor eficiência da competição (14,8), a terceira melhor média de pontos (19,5), com o absurdo aproveitamento de 63,4% nos tiros de quadra e com a boa média de 7,5 (quatro melhor índice da competição).

Lesionado, não figurou na lista de Magnano para o Pré-Olímpico, mas no Paulista foi sem dúvida o maior destaque do bom time de São José. Como um relógio, manteve as médias do último NBB (agora são 19,3 pontos, 8,9 rebotes e 63,8%) em um time que se reforçou bastante (com Jefferson e Dedé principalmente).

É bem verdade que Murilo tem jogado como pivô, e que em âmbito doméstico sua habilidade acaba por dar muita vantagem a ele no confronto direto contra seus rivais no garrafão. Além disso, nas últimas competições internacionais de alto nível ficou provado que seu jogo de "finesse" não deu muito resultado. Para terminar, um dos pontos fortes do time de Magnano no Pré-Olímpico de Mar del Plata foi o jogo de garrafão e duas vagas podem ser preenchidas por atletas que lá não estiveram (Nenê e Anderson Varejão).

No entanto, não olhar para o desempenho de Murilo pode ser um grave erro. E o próprio jogador, no auge aos 28 anos, sabe que o Pan-Americano pode ser uma baita porta de entrada para quem quer disputar as Olimpíadas de Londres no próximo ano. Vale a pena ficar de olho no atleta de São José.