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Bala na Cesta

Um título justo e uma estrela chamada Seimone Augustus na WNBA

Fábio Balassiano

08/10/2011 00h22

Terminou há poucos minutos a temporada 2011 da WNBA. E deu Minnesota, que fez 73-67 no Atlanta e bateu o rival por inapeláveis 3-0 na decisão (o Dream, agora, tem 0-6 em jogos de finais da liga norte-americana). Foi o primeiro título de Minnesota em uma das quatro grandes ligas dos EUA desde 1991 e o primeiro no basquete desde 1954, quando os Lakers, de George Mikan, ainda jogavam por lá. É uma pena para Érika e Iziane, mas acho que o trabalho feito pela franquia da Geória merece elogios (o time começou mal a temporada, se recuperou e chegou às finais pelo segundo ano consecutivo – há mais mérito do que críticas portanto).

E pra vencer o time teve uma estrela chamada Seimone Augustus. É bem verdade que se o Minnesota, que nem aos playoffs chegou em 2010, é campeão nesta temporada, isso se deve muito a chegada de Maya Moore, craque e campeã logo em seu primeiro ano de WNBA (aos 22 anos, ela deu um "refinamento" bacana ao time). Além dela, Taj McWilliams e Rebekkah Brunson se complementaram muito bem no garrafão, e Lindsay Whalen encontrou o ponto certo entre armação segura e acelerada (melhor média de assistências da carreira com 5,9).

Mas a verdade é uma só: o toque de genialidade, de imprevisibilidade, de arte do Lynx vem de Augustus, que teve incríveis 24,9 pontos de média nas finais (quase 50% a mais do que sua pontuação na temporada). E quem viu os geniais elásticos que ela aplicou nesta decisão sabe do que estou falando.

E Seimone Augustus é mais uma que prova que jogar coletivamente dá resultado. A ala de 27 anos que chorou copiosamente ao final da partida 3 reduziu sua média de pontos (os 16,2 pontos na temporada regular foram o pior índice de sua carreira na WNBA), selecionou melhor os arremessos (13,2 por jogo em 2011 contra 16,1 em sete anos de liga) e aprendeu que para ser dominante nem sempre é preciso pontuar. Liderar com passes, atitude, defesa e rebote também funciona.

Augustus aprendeu, está mais completa do que nunca e mereceu mais do que ninguém ser coroada como a MVP das finais. O título da WNBA está em ótimas e geniais mãos.

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