Brasil se classifica, e nem assim o marketing da Confederação age
O ótimo site Máquina do Esporte foi conversar com o pessoal da Confederação Brasileira sobre a falta de ações de marketing depois da classificação da seleção masculina às Olimpíadas depois de três ciclos. E as respostas foram as seguintes:
"Nós temos uma reunião marcada para a próxima segunda, quando iremos planejar o que poderá ser feito para aproveitar o momento, ver se há necessidade de patrocínios, mas ainda não nos reunimos", José Carlos Brunoro, diretor de marketing da CBB.
"A BSB (Brunoro Sports Business) está pensando no que será feito, mas eles (jogadores e comissão técnica) pediram para não ter nada por enquanto", Luiz Felipe Monteiro, diretor-executivo da CBB.
Algumas coisinhas:
1- Quer dizer então que não havia nenhuma ação de comunicação prevista para o caso de o Brasil se classificasse para as Olimpíadas? Um banner no site, um anúncio em jornais, uma recepção diferente dos atletas em São Paulo? Não, né.
2- A questão sobre o relacionamento entre o diretor de marketing da Confederação, José Carlos Brunoro, e a BSB, empresa da qual Brunoro é sócio, é bastante interessante, não? Será abordada aqui em entrevista com o próprio Brunoro.
3- Eu não entendo muito bem o que Luiz Felipe quer dizer com "eles (jogadores e comissão técnica) pediram para não ter nada por enquanto". É assim mesmo que funciona?
4- Se o basquete não consegue "capitalizar" depois de uma classificação histórica como esta, quando ele conseguirá? Será que haveria um momento melhor para que a modalidade fosse novamente colocada "no jogo"? Será que não seria um momento interessante para o grande público conhecer os ótimos personagens que o basquete possui?
Infelizmente o que o departamento de marketing da Confederação Brasileira pensa, e faz, está completamente afastado da realidade do mercado (olhem pro vôlei e confira). Enquanto a mentalidade e o planejamento não mudarem, não há classificação olímpica que dê jeito de o esporte sair do buraco completamente. Os atletas têm tentado ajudar dentro de quadra, e seria muito se os dirigentes acompanhassem o ritmo de evolução. Não é o que vem acontecendo. É uma pena.
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