A grande oportunidade para a LNB crescer

Ontem falei aqui sobre a vinda de Leandrinho para o Flamengo – notícia que, obviamente, movimentou a imprensa esportiva na sexta-feira como fazia tempo não via no basquete para os fatos positivos (o que é ótimo!). Mas há um ponto importante nisso tudo também: a Liga Nacional de Basquete precisa ajudar muito também. Sem o NBB4 forte/atrativo, de nada adiantará ter por aqui um jogador do porte do novo camisa 28 da Gávea (número usado em homenagem a Ivete, sua falecida mãe).

Todo mundo sabe que a LNB é uma entidade organizada e séria (grande mérito dela), mas até a sua alta cúpula sabe que o produto precisa ser "embalado" melhor. Ainda não se tem uma identidade do que ele é – e nem do que ele precisa ser para atingir mais público/consumidores. Para piorar, criou-se uma dependência da parceira (Globo) que não lhe ajuda em absolutamente nada. Pelo contrário: as Organizações Globo têm um pouco mais com o que se preocupar do que com a evolução do basquete – estão aí o Criança Esperança, o futebol e os Lucianos Hucks que não me deixam mentir (no que ela está absolutamente certa, pois o retorno é infinitamente maior do que no basquete).

Agora o nome de Steve Nash vem sendo ventilado (assim como o de Kobe Bryant já o foi), mas acho sinceramente que a LNB já tem nomes importantes para esquentar a competição desde já (Guilherme Giovannoni, Leandrinho, Alex, Marcelinho Machado, Benite etc.). Buscar uma comunicação mais arrojada e diferente é mais do que imperativo para a Liga dar o salto de qualidade que tanto precisa. Não faz o menor sentido que os ginásios continuem vazios – como ficaram na temporada passada.

Se nos três primeiros anos o objetivo da LNB era criar e sedimentar o produto, pois muito bem – hoje ele está criado e com razoável sucesso. Agora é a hora de dar o segundo passo, o passo do crescimento e da sustentação do produto.