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Bala na Cesta

Bala na Base: a final do Sub19 feminino do Rio de Janeiro

Fábio Balassiano

19/08/2011 16h00

Estive ontem no Botafogo para ver a final do Sub19 feminino entre o time da casa e a Mangueira. Como havia vencido a primeira partida por cinco pontos (75-70, se não me engano), as alvinegras precisavam apenas de uma vitória para ficar com o caneco (o presidente da Federação Carioca compareceu, como não poderia deixar de ser). Talvez por isso o ginásio tenha ficado razoavelmente cheio e muito barulhento (foi bacana demais isso!). Até o Grego, ex-presidente da Confederação Brasileira, estava por lá. Mas o troféu não saiu nesta quinta-feira.

Após um primeiro tempo equilibrado (34-25), a Mangueira contou com exuberante atuação da armadora Fátima (18 anos, 19 pontos) para passar fácil pelo Botafogo (no final, a diferença foi de quase 30 pontos). Além dela, destacaram-se a ala Raphaella (ela esteve na seleção brasileira vice-campeã da Copa América Sub-17 e foi responsável por um dos tocos mais bonitos que já vi em uma partida feminina) e as também armadoras Maria (a "magriça" de 16 anos joga com elegância, cabeça no lugar e uma rapidez impressionante – na foto) e a alvinegra Marcelinha (muito rápida). Quem acompanhou o twitter (@balanacesta) sabe que acabei falando muito na Maria. É muito bonito vê-la jogar – e não falo por isso por ser uma técnica primorosa na execução dos fundamentos, mas pela sua simplicidade e leveza em quadra. Na arquibancada, sua mãe, tão silenciosa quanto a filha, aplaudia orgulhosa.

Entretanto, nem tudo são flores, claro. Os dois elencos são muito baixos, houve muitos (muitíssimos!) erros de fundamento (principalmente no primeiro tempo) e uma correria desenfreada das duas partes – isso sem falar nos árbitros, que foram muito mal, travando o jogo o tempo inteiro.

No final, conversei com os dois técnicos (Guilherme Vos e Orlando Assumpção, do Botafogo), que concordaram com minha análise (para ser justo, o técnico mangueirense disse que a sua correria fazia parte da sua tática, já que o jogo de 5×5 não lhe favorecia). Foi ótimo ter ido a ver a partida, e é bom muito bom notar que ainda há equipes que fazem um bom trabalho na base – por maiores que sejam as dificuldades. A peleja final do Sub19 do Rio de Janeiro acontece no domingo, às 16h, na quadra da Vila Olímpica da Mangueira.

Além disso, vamos a duas notas sobre o basquete de base:

1- Jundiaí anunciou a contratação de quatro jogadoras que estavam na seleção Sub19: Joice Coelho, Drielle (ambas de Barretos), Ramona (Mangueira) e Thamara (Osasco). Irão jogar com Tarallo, técnico delas na seleção que conquistou o bronze no Mundial do Chile. Além delas, integram o elenco de Jundiaí Damiris e Mariana Lambert. Seria bom se a equipe participasse da LBF, não? Atração e tanto para a competição.

2- Está acontecendo em Anápolis (Goiás), a primeira edição do Brasileiro de seleções Sub19. Para mais informações, clique aqui.

Tem mais informações sobre o basquete de base do Brasil? Comente na caixinha ou envie email para fabio.balassiano@gmail.com !

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