Como 'usar' a Sul-Americana para reacender a chama do basquete em SP
Diretor de esportes olímpicos do Pinheiros, João Fernando Rossi anunciou ontem no Twitter que o clube disputará a etapa inicial da Liga Sul-Americana em São Paulo entre os dias 6 e 9 de outubro (será segundo torneio internacional da história da agremiação – o primeiro, o Interligas, foi na temporada 2010-2011, e terminou em vice-campeonato). Pode parecer um evento comum, mas não é bem por aí.
Depois de muito tempo a capital de São Paulo receberá um evento deste porte – e com um time de ponta jogando ainda por cima. Não sou paulistano, mas acho que todo mundo conhece o que faziam por lá Monte Líbano, Sírio e afins nas décadas de 70 e 80 (os ginásios ficavam cheios e o fervor pela modalidade era incrível). E é importante lembrar que as duas agremiações não eram clubes de futebol, tal qual acontece com o Pinheiros, que tem força suficiente para promover o torneio e encher o seu ginásio (o Ibirapuera não poderá ser utilizado – o que é uma pena).
Faltam três meses para a Liga Sul-Americana no Pinheiros, mas acho importante que o clube trabalhe a comunicação e a promoção da competição desde já. No Torneio Interligas (eu estive lá) o ginásio ficou cheio, mas acho que chegou a vez de o clube dar um passo maior. Mostrar que o basquete da capital mais importante do país está vivo, e com um representante forte, é a missão do momento. Se conseguir isso, ganha torcedores, aumenta o potencial da modalidade em SP e, de quebra, fica perto de conquistar vitórias contra rivais continentais.
A oportunidade está na cara de um clube sério, organizado e bem administrado. Que o Pinheiros não perca esta chance. O basquete precisa.
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