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Bala na Cesta

O boom do basquete no Brasil - como modalidade explodiu novamente no país!

Fábio Balassiano

26/06/2019 05h01

Se alguém tinha dúvida sobre o crescimento do basquete no Brasil de dois, três anos pra cá, os números recentes divulgados pelo IBOPE Repucom e Kantar IBOPE Media comprovam que a modalidade, que hoje já ocupa a terceira posição em horas dedicadas na TV, vive um novo boom no país, voltando ao patamar estabelecido nas décadas de 80 e 90, quando era a segunda em preferência e popularidade entre os brasileiros.

A explosão se explica sobretudo pelo alcance do basquete no principal meio de comunicação do país, a televisão. O esporte foi responsável por 365 horas de transmissão entre janeiro e maio de 2019 – em TV aberta e fechada – e é o terceiro com mais espaço na televisão no Ranking dos Esportes. Longe da Aberta desde 2000, a transmissão da final da NBA entre Toronto Raptors e Golden State Warriors pela Rede Bandeirantes no dia 13/06 foi comentada por mais de 32 mil pessoas e gerou 11,8 milhões de impressões no Twitter, segundo o Kantar Social TV Ratings, algo estrondoso.

Nas redes sociais o furor também foi gigantesco, aliás. Entre 29 de maio e 14 de junho, nas finais, o Brasil foi o terceiro país que mais falou sobre o assunto na rede social, atrás dos EUA e do Canadá (os dois países que tiveram representantes na decisão). No duelo, Kawhi Leonard foi o jogador mais mencionado no mundo inteiro, com Steph Curry vindo logo em seguida.

A ESPN, por exemplo, registrou a maior audiência da história da NBA no país no jogo 5 da decisão envolvendo Warriors e Raptors. E não foi só isso. A emissora quebrou recordes e projeta mais de 170 partidas para serem exibidas na temporada 2019/2020. Ao longo da temporada que terminou há semanas, a audiência feminina nas transmissões também apresentou crescimento (+38%). Além da ESPN em si, Rômulo Mendonça, o narrador, saiu gigante da decisão da liga norte-americana, tendo visto sua popularidade crescer além do esporte.

Outro dado que mostra bem o crescimento da modalidade no país foi a NBA House, espaço que a liga destinou para entretenimento, festa e transmissão das partidas durante as finais em São Paulo. Mais de 30 mil pessoas visitaram a casa no estacionamento do Shopping Eldorado. Pelo espaço temático de 3.000m², passaram fãs de todas as idades, famílias inteiras, atletas e celebridades da música e da TV que se divertiram com o entretenimento e atrações da casa, como mascotes, dançarinas e equipes de enterradas da NBA.

O Sponsorlink, por sua vez, indica que desde 2018 os fãs do esporte que se dizem interessados e muito interessados por basquete se mantêm estável em 42%, o equivalente a 40 milhões de internautas brasileiros com 18 anos ou mais em todo o país. Este resultado é o mais alto da série histórica (desde 2013), superado apenas pela onda de setembro de 2016, ocorrida logo depois da realização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Com grande parcela de contribuição neste crescimento, o NBB esteve praticamente inteiro na televisão durante a última temporada. Ao todo foram 92 jogos transmitidos ao vivo nos quatro canais – Band, BandSports, ESPN e Fox Sports. Ainda no inédito modelo multiplaforma, o certame teve 54 partidas exclusivas transmitidas no Facebook e outras 13 no Twitter. Com seis plataformas diferentes exibindo, o campeonato teve 159 dos 218 jogos transmitidos ao vivo (72,9%) – um aumento de 29% em relação ao último ano.

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