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Bala na Cesta

Contra 'molecada' de Boston, LeBron James quer chegar à oitava final da NBA

Fábio Balassiano

13/05/2018 06h00

Começam neste domingo as finais de conferência da NBA. A partir das 16h30 (com transmissão da ESPN) LeBron James levará o seu Cleveland Cavaliers até Boston, onde o Celtics terá o mando de quadra e o fator torcida a seu favor no início da decisão do Leste, a reedição da temporada passada mas com contornos e times bem diferentes.

Em 2017 Kyrie Irving era um Cavalier. Neste ano, é um Celtic, mas está machucado e não entrará em quadra. O Cleveland, aliás, mudou o elenco praticamente todo em relação a temporada passada, mas continua dependendo da mesma peça central – LeBron James. Os verdes contrataram Irving e Gordon Hayward, mas ambos estão lesionados e quem está dando as cartas por lá é a garotada liderada pelo técnico Brad Stevens.

O duelo coloca de um lado a molecada de Boston, a mais nova deste playoff (média de 24,8 anos de idade) e com destaque para Terry Rozier (24), Jaylen Brown (21) e Jayson Tatum (20), e do outro LeBron James, um dos maiores destaques deste playoff (34,3 pontos, 9,4 rebotes e 9 assistências de média por partida) e que está perto de colocar mais um feito em seu já destacado currículo.

Com sete finais de NBA consecutivas (2011 a 2014 pelo Miami Heat e 2015 a 2017 pelo Cleveland), LeBron pode igualar Frank Ramsey (8 decisões seguidas), e ficar atrás apenas de Tom Heinsohn, Sam Jones (ambos com 9) e Bill Russell, o líder com 10 vezes direto nas finais da liga. Ramsey, Heinsohn, Jones e Russell fizeram parte do núcleo mais vitorioso da história da NBA, o Celtics da década de 60 (9 títulos em 10 anos).

Pelo lado do Cleveland, a grande pergunta é se LeBron continuará recebendo a ajuda de Kyle Korver, JR Smith, Tristan Thompson e Kevin Love, algo que não ocorreu na primeira rodada, quando James praticamente sozinho eliminou o Indiana Pacers em 7 jogos, mas que rolou contra o abalado (mentalmente falando) Toronto Raptors na semifinal do Leste. Não é só isso, obviamente, porque do outro lado estará um dos times mais organizados da liga e não há a menor dúvida que Tyronn Lue terá inúmeros problemas contra Brad Stevens, técnico rival.

Sobre o Boston, é muito claro que essa garotada é especial, mas pode ser que em algum momento contra o mega experiente e experimentado time do Cavs Brown, Tatum, Rozier, entre outros, sintam a pressão e a dificuldade que é enfrentar LeBron James em uma fase tão aguda de playoff. Não será isso que vai decidir a fatura, claro, mas sim a forma que Brad Stevens tentará defender LeBron para diminuir seus números.

Ninguém do planeta basquete tem essa fórmula mágica, claro, mas o Indiana foi eficiente ao menos em "limitar" os companheiros do Cleveland, tática que inclusive o Utah Jazz fazia com o Chicago Bulls de Michael Jordan na década de 90.

O ótimo técnico Jerry Sloan, do Utah, meio que "pagava" pra ver quantos pontos Jordan faria, mas se "matava" para que os marcadores do elenco de apoio do Bulls não ficassem muito livres para chegar a 15/20 pontos. Não deu certo com o Jazz, que perdeu duas decisões porque do outro lado havia o melhor jogador de todos os tempos no auge de sua forma física e técnica, mas é um expediente que pode funcionar nesta decisão do Leste sobretudo porque o Celtics tem marcadores bem bons tanto no perímetro (Marcus Smart principalmente) quanto no garrafão (Al Horford) para fazer as trocas em cima do camisa 23 do Cavs e as rotações defensivas de forma ágil e eficiente.

Nesta segunda-feira é a vez do duelo do Oeste (Sportv) entre Houston Rockets e Golden State Warriors, cuja análise foi feita aqui. Meu palpite do Leste: o Cavs vence a série por 4-2 e chega novamente à final da NBA.

E vocês? Concordam comigo?

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