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Bala na Cesta

Guy Peixoto cumpre primeira promessa como presidente e começa a 'enxugar' contas da CBB

Fábio Balassiano

26/03/2017 06h00

Nós, brasileiros, estamos acostumados a esperar de políticos eleitos coisas diferentes do que eles prometeram nas campanhas. A julgar pelo começo de Guy Peixoto, presidente recém-empossado na Confederação Brasileira de Basketball no começo do mês, a história pode ser diferente.

Enxugar as contas da endividada CBB era uma das bandeiras mais fortes de sua campanha. E na sexta-feira Guy divulgou suas quatro medidas iniciais: a) devolução de duas salas subutilizadas da sede da entidade; b) devolução do apartamento funcional utilizado pelo presidente anterior; c) cancelamento dos celulares corporativos; d) Eliminação dos gastos do dia a dia do presidente incluindo viagens, alimentação e outros gastos de representação, custos alocados diretamente à Confederação nos últimos anos. Obrigação total, algo bem básico, mas promessa inicial cumprida.

As informações estão no site da entidade, em uma rara e até certo ponto não usual prática de transparente para uma CBB que era, até pouco tempo atrás, de uma obscuridade incrível.

"Com estas quatro medidas teremos uma economia anual de cerca de R$ 2 milhões, o que nos quatro anos de nossa gestão trarão uma economia de R$ 8 milhões. E, dentro do compromisso assumido de trabalhar sempre de forma transparente, anunciando todas as nossas medidas e ações, estamos notificando a comunidade do basquetebol sobre essas importantes e necessárias iniciativas, que são apenas as primeiras de uma série a serem implementadas, buscando trazer de volta o equilíbrio econômico/financeiro da entidade", disse Peixoto ao site.

Nesta semana Guy também se encontrou com Arnon de Mello, responsável pelo escritório da NBA no Brasil (falta a conversa com a Liga Nacional), e visitou o Museu da CBF, na sede da entidade do futebol (uma de suas ideias é criar algo parecido para o basquete). A julgar pelo começo, a CBB passará por um "banho de loja", embora seja óbvio que algumas coisas, como a situação do basquete feminino e a retirada da suspensão (quando será a reunião com a Federação Internacional afinal?), sejam muito elementares de serem resolvidas, antes mesmo do museu.

É necessário cautela, obviamente e porque se trata de um começo de gestão de uma Confederação que está muito atrasada em todas as frentes. Por isso aguardamos ansiosos e esperançosos por mais bons próximos passos de uma entidade que precisa sem dúvida alguma ser forte para que a modalidade seja plenamente e completamente desenvolvida por aqui. Liga Nacional, NBA e CBB são complementares, e não excludentes. Quando as três estiverem caminhando juntas, e bem, o basquete brasileiro terá novamente protagonismo nacional e internacional.

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