No último duelo contra Scola e Ginóbili, Brasil luta contra eliminação no Rio-2016
Está aí um dos dias mais importantes do basquete brasileiro nos últimos tempos. A partir das 14h15 deste sábado (estarei comentando pelo Placar UOL direto do ginásio inclusive) na Arena Carioca o time de Rubén Magnano, que perdeu da Croácia na quinta-feira, enfrentará a Argentina em jogo válido pela quarta rodada da Olimpíada do Rio de Janeiro. Vitória coloca a seleção nacional pertinho da classificação. Derrota elimina o país.
O embate marca o duelo final contra a gloriosa geração hermana formada por Luis Scola e Manu Ginóbili, algo que também será bastante emotivo para o treinador do selecionado brasileiro, já que Magnano foi o técnico da Argentina no vice-campeonato mundial de 2002 e no título olímpico de 2004.
Pelo lado brasileiro, o lado tático é fundamental. Como Magnano tentará parar Luis Scola? Será que, enfim, o jogo ofensivo do garrafão brasileiro será usado para, também, cansar o camisa 4 hermano perto da cesta? E contra Manu Ginóbili, qual a melhor forma de detê-lo? Será que apenas colocando Alex Garcia em cima do número 5 platense?
De todo modo, há um ponto tão ou mais importante que a parte tática. É o lado mental, a parte de ter o controle dos nervos contra um time que venceu o Brasil muito mais do que foi derrotado pelo país neste século. Vale dizer, também, que se por um lado a derrota praticamente elimina o time brasileiro, um possível revés platense põe os hermanos à beira do precipício (precisariam ganhar da Espanha na segunda-feira, e mesmo assim com chances imensas de avançar na quarta posição do grupo, pegando os EUA nas quartas-de-final). Ou seja: o senso de urgência estará dos dois lados da quadra – e não em apenas um. É clichê, é lugar-comum, mas é totalmente verdadeiro: se quiser bater a Argentina, a equipe brasileira precisará jogar 100% concentrada durante os 40 minutos do duelo (algo que só aconteceu contra a Espanha – e não ocorreu diante de croatas e lituanos).
Pelo lado dos hermanos, vale a pena ver os números de Luis Scola contra o Brasil:
Aqui do lado está o retrospecto de Manu Ginóbili contra o Brasil. Sua única derrota desde 1998 foi justamente em casa (Mar del Plata, 2011, no Pré-Olímpico). São jogadores históricos da melhor geração do basquete da Argentina. São craques de bola e que farão de tudo para não só atrapalhar a vida dos brasileiros, mas sobretudo para avançar ao máximo neste que é o último passo deste grupo que joga junto há quase duas décadas (e há quase duas décadas conquistando excepcionais colocações em Mundiais e Olimpíadas).
Que dia para o basquete brasileiro (e também para o argentino), hein! Quem vence a partida de logo mais? Palpitem à vontade!
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