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Bala na Cesta

Os 50 anos do mito Reggie Miller

Fábio Balassiano

24/08/2015 01h20

reggie1Recentemente o companheiro Vagner Vargas escreveu um belo texto em que afirmava (com dados e uma boa dose de razão) que Steph Curry é o melhor arremessador de longa distância da história da NBA.

Os números estão aí, o título recente também, mas hoje cumpre aniversário outro mito dos tiros de três. Reggie Miller, ídolo maior do Indiana Pacers, completa 50 anos de idade.

reggie2O agora cinquentão está no grupo das lendas que terminaram a carreira sem conquistar um título (acontece…). Mesmo assim, Reggie terminou a sua vida na NBA há 10 anos com a moral lá em cima. Nem sempre foi assim. No começo havia uma desconfiança do tamanho do mundo na liga em 1987-1988.

Irmão da não menos mítica Cheryl Miller (campeã olímpica em 1984 e Hall da Fama tanto da FIBA quanto nos EUA), ele terminou muito bem a sua carreira na UCLA, mas seu físico (magriça, magriça) gerava dúvida se ele conseguiria se adaptar a uma liga que (naquela época) via touros e mais touros dominando a posição de ala-armador. O ano de calouro, com as médias de 10 pontos, 22 minutos e apenas uma titularidade não foi lá muito animador.

reggie3Mas as dúvidas que logo se dissiparam quando Reggie, bem mais forte, rápido e letal nas bolas longas (saltou de 35 para 41% no aproveitamento de fora), voltou voando para o seu segundo ano. Seus 16 pontos de média só não foram mais notados porque o Indiana, ainda em fase de construção de franquia, enlouqueceu e trocou (vejam só) três vezes de técnico naquele campeonato de 1988-1989.

A partir de 1989-1990, com o camisa 31 anotando 24,4 pontos de média, os Pacers sabiam que tinham uma estrela fora do comum em suas fileiras. E trataram e rodeá-lo com talento. Vieram Rik Smits (bom pivô holandês), os técnicos Larry Bird e Larry Brown (certamente o cara que mais tentou fazer Miller marcar com a mesma fúria que atacava a cesta), o armador Mark Jackson, o ala Chris Mullin, o ala-pivô Jermaine O'Neal, entre outros.

reggie5Com Reggie Miller o Indiana foi a final em 1999/2000, perdendo para o Lakers em seis jogos, e tornou-se uma franquia grande, fortíssima, respeitada (jogou o mata-mata entre 1990 e 2006, com exceção do ano de 1997, o último de Larry Brown).

Tudo isso por conta das bombas do camisa 31 que completa 50 anos hoje. Um dos jogadores mais decisivos, frios e explosivos da história do basquete, alguém que conseguiu, em 1993, ter a surreal média de 31 pontos por jogo nos playoffs, quase dez a mais que os 21,2 obtidos por ele na temporada regular. Um cracaço de bola.

Abaixo alguns vídeos de sua brilhante carreira.

OS CLÁSSICOS 8 PONTOS EM 9 SEGUNDOS NO GARDEN CONTRA O KNICKS

O DOCUMENTÁRIO DE SPIKKE LEE, "VÍTIMA" DE REGGIE MILLER NAQUELA TARDE DE 1995

A DESPEDIDA EM 2005 (JUSTAMENTE CONTRA UM DE SEUS ANTIGOS TÉCNICOS, LARRY BROWN – BROWN EM DETROIT)

MELHORES MOMENTOS DE SUA CARREIRA

O MÁGICO EMPURRÃO EM MICHAEL JORDAN PARA ARREMESSAR, E GANHAR, O JOGO 4 DAS FINAIS DO LESTE EM 1998

PARA EVITAR A ELIMINAÇÃO CONTRA O NETS, EM 2002, BOLA DE TRÊS DO MEIO DA RUA E UMA ENTERRADA CONTRA O CRONOÔMETRO

Sobre o blog

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