Palpitão para as semifinais de conferência na NBA – o Oeste

Falei há pouco sobre as duas séries semifinais do Leste (mais aqui). Agora é a vez do Oeste. Vamos lá:

Golden State Warriors x Memphis Grizzlies – Se havia algo que a turma de Steve Kerr não queria enfrentar é o Memphis Grizzlies e seu jogo físico. Stephen Curry, Klay Thompson e seus companheiros devem estar com as costelas muito bem preparadas, porque certamente os corpos deles vão sofrer um bocado contra a defesa massacrante do Grizzlies.

O Memphis, com sua dupla de pivôs Zach Randolph e Marc Gasol (ambos na foto à esquerda), uma das mais espetaculares da NBA, com o feroz Tony Allen marcando loucamente no perímetro e com o subestimado Mike Conley dá trabalho para qualquer equipe do mundo (ainda não se sabe exatamente quando o armador voltará, mas é provável que ele jogue) e certamente farão isso contra o Golden State. Os Grizzlies moeram o Portland com muita facilidade (e sem Conley nos últimos duelos), chegam saudáveis e têm um estilo de jogo (mais travado, muito físico) que incomoda demais aos Warriors.

Mesmo assim acho que o Golden State leva algumas vantagens. Em primeiro lugar por ter Draymond Green (foto à direita) para marcar Zach Randolph. Green se notabilizou por conseguir defender alas mais altos que ele com muita tenacidade. Contra Z-Bo, um cracaço de bola, será outro duro teste para quem tentou segurar Anthony Davis (e sem tanto sucesso assim, não custa lembrar). Conter o camisa 50 do Memphis é o primeiro passo para os Warriors voltarem a uma final de conferência depois de quase 40 anos (a última foi em 1976). Além dele, não sei como os Grizzlies vão se virar para marcar Steph Curry e Klay Thompson. Um dos dois Tony Allen consegue diminuir a sanha, mas os dois juntos eu sinceramente não creio. A turma da Califórnia também conta com um ótimo pivô embaixo da cesta (Andrew Bogut), um ótimo banco de reservas (David Lee, Leandrinho, Andre Iguodala etc.) e um técnico excepcional em Steve Kerr. O primeiro jogo é hoje às 16h30 (Sportv)
Meu palpite: Warriors em sete.

Houston Rockets x Los Angeles Clippers – É muito óbvio que o Los Angeles Clippers esteja com uma confiança absurda para esta semifinal de conferência contra o Houston. Ninguém vence o San Antonio Spurs em sete jogos daquela maneira e não fica realmente se achando um time melhor. É natural até. Os Clippers, de fato e de direito, chegam para este duelo muito melhores do que duas semanas atrás e acho que ninguém ousa dizer o contrário, certo?

Só que com o triunfo os problemas também vêm. Em primeiro lugar está Chris Paul. Craque do jogo 7 com uma performance histórica, o camisa 3 saiu com problema na coxa esquerda e até agora ninguém sabe como estará a sua condição física para duelar contra o Houston Rockets, que terá Trevor Ariza para marcá-lo em alguns momentos (e sabemos bem como é ótima a defesa de Ariza). Para azar dele e de Doc Rivers, o técnico, a equipe não teve nem 24h de descanso, pegou um avião rumo ao Texas e começa amanhã mesmo (22h30). É muito cristalino, também, que além da confiança em alta o cansaço também bata pesado nos Clippers. De positivo, o fato que o técnico Kevin McHale não pode nem pensar em fazer faltas de propósito em DeAndre Jordan, já que Dwight Howard e Josh Smith são tenebrosos da linha do lance-livre também.

Do outro lado estará o Houston Rockets descansado, com o pivô Dwight Howard jogando cada vez melhor (principalmente na defesa), com um banco muito eficiente (comandado por Josh Smith e com o argentino Pablo Prigioni segurando a onda na marcação na ausência de Patrick Beverley) e, óbvio, com James Harden liderando as ações ofensivas. Não custa lembrar, também, que os Rockets têm o mando de quadra e que têm ido muito bem em seus domínios na temporada (33-11 até o momento). Por fim, Kevin McHale teve muito mais tempo de estudar os Clippers (e os Spurs ao mesmo tempo) do que Doc Rivers de olhar os Rockets.
Meu palpite: Rockets em sete.

E pra você, quem fará a final do Oeste? Diga aí!