Bruno Caboclo faz 13 pontos em sua estréia na D-League
Como era esperado, o Toronto Raptors enviou Bruno Caboclo para a D-League, uma espécie de Liga de Desenvolvimento que as franquias da NBA usam para dar tempo de quadra a seus jovens jogadores sem muito espaço nas rotações de suas equipes. O anúncio foi feito na quinta-feira e ontem mesmo o ala brasileiro estreou pelo Fort Wayne Mad Ants diante do Iowa Energy.
E foi uma boa estreia. Sem demonstrar timidez Caboclo (que vestiu a camisa 13, como demonstra a foto à direita) arremessou 14 vezes (ficou atrás apenas de Andre Emmett, que tentou 16), acertou 5, terminou com 13 pontos e ainda contribuiu com sete rebotes e dois tocos nos 20 minutos em que esteve em quadra na Wells Fargo Arena, que recebeu 4 mil pessoas na noite de sábado em Iowa. Seu time foi derrotado por 111-106 em um bom jogo de basquete. Abaixo você vê todos os arremessos convertidos por ele.
É bem verdade que o brasileiro desperdiçou 4 bolas e errou duas vezes de forma não muito bacana no final (um arremesso precipitado e um passe na saída de bola), mas o saldo é extremamente positivo (o link completo da peleja está aqui e você pode assistir a tudo se quiser). Para quem fez um módico treino com a equipe e não domina a língua (como é o caso dele), é de se espantar a naturalidade como ele entrou na rotação do time e chamou a responsabilidade em algumas jogadas de um-contra-um sem muita cerimônia.
Sei bem que a expectativa (e a ansiedade) de todos por aqui é que Bruno Caboclo entre nos jogos da NBA e tenha 45 pontos toda noite, maltratando de Kobe Bryant a Kevin Durant com suas enterradas furiosas, mas (desculpe dizer isso) não é bem assim que acontece no mundo real – e no mundo competitivo da melhor liga de basquete do planeta menos ainda.
Caboclo tem 19 anos, chegou ao Toronto há menos de seis meses sem NINGUÉM conhecê-lo (todos lembram como foi aquela noite do Draft, certo?), entrou em dois jogos, está fazendo treinos específicos e provavelmente a franquia o enviou para a D-League para ver, em quadra, em uma partida, como ele se sai e/ou provavelmente para sentir como ele se sai longe de sua mínima zona de conforto criada no Canadá (não nos esqueçamos que lá ele é muito querido pelos torcedores e tem um companheiro brasileiro ao lado, o pivô Lucas Bebê). É natural, é normal, aconteceu e vai continuar acontecendo com muita gente que chega ainda em um estágio que precisa amadurecer seu jogo.
A ideia é que Caboclo fique uma semana, duas no máximo, na D-League com o Fort Wayne e depois retorne ao Canadá para voltar a fazer parte do elenco do Toronto na NBA. Para ele o importante é manter a cabeça no lugar, a paciência e principalmente a (recomendável e ótima) falta de vergonha para seguir tentando colocar em prática o que ele tem feito nos treinamentos com os Raptors. Ontem foi uma boa – e primeira – demonstração disso. Aos poucos não há dúvida que ele irá evoluir.
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