Por vaga nas oitavas, Brasil precisa vencer Japão no Mundial - será que dá?
Depois de duas derrotas, uma por 13 para a República Tcheca e outra por 27 pontos para a Espanha, a seleção brasileira tem um desafio imenso a partir das 8h da manhã deste terça-feira.
O time de Zanon enfrenta o Japão em partida válida pela primeira fase do Mundial da Turquia e precisa vencer de qualquer maneira se quiser avançar às oitavas-de-final, onde enfrentaria o segundo colocado do Grupo B (ao que tudo indica será o vencedor de França e Canadá). Perder significa morrer ser eliminado sem uma vitória sequer, um desastre sem precedentes na história da modalidade.
Poderia, e talvez até deveria, fazer uma análise tática sobre o duelo desta manhã de terça-feira, mas o problema do Brasil é muito, mas muito maior do que o que temos visto no Mundial da Turquia. Zanon e as 12 atletas que lá estão têm se matado, tem tentado de tudo para resolver as questões na quadra. Mas é difícil (e todos sabiam disso). O problema vai além, o problema está bem distante de Ancara, capital turca. E quem acompanha o basquete feminino brasileiro (não aqueles que só olham o Mundial e escrevem como se soubessem tudo de tudo sempre) tem noção disso.
O mais importante de tudo, e isso não deve ser tirado de perspectiva, é que o país deve repensar o seu modelo de basquete desde a base até o adulto após esses Mundiais Masculino e Feminino. O das meninas, então, nem se fala. Independente do que aconteça amanhã a partir das 8h contra o Japão, a análise e as necessidades não se modificam, não se alteram. Há, sim, material humano, matéria-prima, por aqui. O Brasil só não está sabendo como trazer isso para a modalidade da bola laranja e, quando consegue trazer, desenvolver da maneira mais satisfatória possível.
Os erros de fundamento, leitura e concepção de jogo que temos visto neste Mundial da Turquia são assustadores e a prova que meninas de 22, 23 anos estão muito longe de estarem prontas para os grandes desafios deste esporte em partidas de alto nível de competitividade.
Sorte às meninas amanhã, e que os dirigentes do país coloquem (notadamente os da Confederação), ao menos uma vez a mão na cabeça para fazerem, primeiramente, uma análise completa do cenário em que o basquete brasileiro se encontra e, em segundo lugar, que tirem do papel um plano de ação para salvar o basquete.
Não notar que principalmente as meninas que ainda teimam em praticar este esporte precisam de ajuda, socorro, é um erro incrível. Elas são vítimas de um sistema ruim, de um descaso imenso por parte da CBB e isso precisa acabar urgentemente.
Creio, sim, que uma vitória venha. E acho bem merecido para as atletas e comissão técnica que na Turquia estão. Mas, repetindo, isso não muda nada no panorama em que se encontra o esporte por aqui.
E você, o que acha que vai acontecer nesta terça-feira? O Brasil vence as asiáticas para avançar às oitavas-de-final ou será eliminado ainda na primeira fase do Mundial? Comente!
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.