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Bala na Cesta

Com núcleo pela 2ª vez, Brasil estreia amanhã contra França no Mundial

Fábio Balassiano

29/08/2014 08h00

cinco2Chegou a hora. A seleção brasileira masculina comandada por Rubén Magnano estreia contra a França neste sábado às 13h (de Brasília) na Copa do Mundo de basquete da Espanha (Sportv e ESPN exibem) naquela que muito provavelmente será a penúltima competição de uma das gerações mais talentosas do basquete brasileiro (a derradeira deve ser mesmo a Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro). Para esquentar a peleja, amanhã, 30 de agosto farei uma Twitcam especial ao meio-dia para falar sobre o torneio (fique ligado no Twitter e Facebook do Bala na Cesta para mais informações).

OUÇA AQUI A PRIMEIRA PARTE DO PODCAST SOBRE O MUNDIAL

O que pouca gente sabe é que esta será apenas a segunda vez que o núcleo mais conhecido (mundialmente) da seleção brasileira masculina adulta atuará junto em uma competição internacional adulta. Marcelinho Huertas, Leandrinho, Anderson Varejão, Tiago Splitter e Nenê só jogaram o mesmo torneio com a camisa amarela (ou verde, ou branca) na Olimpíada de 2012, em Londres. Veja só na figura abaixo.
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Como no basquete jogar junto fala muito sobre os resultados (finais) conquistados por uma geração, a pouca quantidade de jogos do quinteto junto explica bastante o porquê de os resultados internacionais não estarem vindo há algum tempo por aqui.

cinco1O mais interessante de se notar, além do que a própria tabela mostra, são três coisas: 1) Não é coincidência que quando Nenê, Splitter, Varejão, Leandrinho e Huertas jogaram juntos (na Olimpíada de 2012) o basquete brasileiro tenha conquistado seu melhor resultado em competições Classe A (Mundial ou Jogos Olímpicos); 2) Na própria Olimpíada, quando o Brasil jogou um total de seis jogos, Nenê (com dores) se ausentou de um (contra a Espanha); e 3) Ao todo, o ala-pivô do Washington Wizards jogou 110 minutos nos Jogos de Londres, e esta é a minutagem máxima que este núcleo pode ter jogado ao mesmo tempo. Ou seja: o quinteto mais talentoso da atual geração não ficou nem duas horas jogando partidas oficiais de basquete (muito pouco).

AQUI A SEGUNDA PRIMEIRA PARTE DO PODCAST SOBRE O MUNDIAL

foto3Não se trata, por favor, de uma caça às bruxas para entender os motivos que levaram a isso (já passou, não tem remédio), mas sim para mostrar mais uma vez a importância deste Mundial para esta geração (escrevi disso anteriormente aqui, lembram?).

A última chance em Mundiais dessa geração que jogou tão poucas vezes junto começa amanhã contra o talentoso time da França. Que os comandados de Rubén Magnano mostrem que a falta de entrosamento em competições internacionais não pesa tanto assim. A modalidade clama por um ótimo resultado que não vêm há mais de 30 anos (veja mais aqui).  Até 90, NENHUMA vez ABAIXO da oitava colocação. Depois de 90, NENHUMA vez ACIMA da oitava colocação. 

fotofinalfinal1Até 1990, os times masculinos conquistaram 2 títulos (59 e 63), 2 vices (54 e 70), 2 bronzes (67 e 78), 2X em 4º (50 e 86) e 1X em 5º, 6º e 8º. Após 1990, 11º, 10º, 8º, 17º e 9º. Chegar entre os oito melhores, portanto, é bom. Alcançar uma semifinal, é excelente. Uma medalha, algo histórico. Que os jogadores da seleção consigam, enfim, colocar seus nomes na história do basquete brasileiro. Sucesso a partir de amanhã na Copa do Mundo! 

E você, sem ficar em cima do muro, qual o palpite para o que acontecerá na Copa do Mundo da Espanha a partir de amanhã? O meu é: Brasil na semifinal. Comente!

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