Gráfico mostra dificuldade brasileira para pontuar com alas e armadores

O técnico Rubén Magnano, da seleção brasileira, foi preciso após a partida contra a Argentina em entrevista ao Sportv (vitória por 68-59): "Eles (os argentinos) se fecharam muito no garrafão, porque nosso garrafão é muito forte, mas não conseguimos ter bom aproveitamento (37,4%). Quando se fecha o garrafão, alguém tem que acertar os chutes de fora"

Preciso, cirúrgico. É isso mesmo. Como Magnano disse, dentro do garrafão o Brasil foi muito bem mesmo. Embora com aproveitamento de 39% (10/26), Tiago Splitter, Nenê e Anderson Varejão somaram 32 dos 68 pontos da equipe e puxaram o Brasil para a vitória.

Por outro lado, o aproveitamento dos homens "exteriores" não foi bom mesmo. Vamos aos números dos "baixinhos" contra os hermanos. Marcelinho Machado teve 0/7. Marquinhos, 2/10. Leandrinho, 1/6. Huertas, 1/4.  Larry, 1/3. Alex, 3/4. Raulzinho, 1/1. Ao todo 34 pontos, aproveitamento de 8/29 (27%), com o agravante dos 3/18 de fora (16%). Fui pegar os gráficos de arremessos e foi exatamente assim que os jogadores externos atuaram desferiram seus chutes. Reparem só que de longe de fato a dificuldade foi imensa:

Faltou um pouco mais de "espaçamento" (algo que os americanos chamam de spacing e que traduzimos assim) para que os alas tivessem condição de chute mais livre, mas de fato não justifica a pontaria tão abaixo da média. Há a questão do pouco tempo de treino, de ter sido apenas um jogo (quem sabe foi só neste e estamos preocupados demais…), da falta de ritmo de jogo de Leandrinho principalmente (há mais tempo sem atuar desde que se lesionou no Phoenix há três meses), mas é bom o elenco ficar atento.

O mundo inteiro sabe que a força brasileira está no garrafão e concentrará esforços para diminuir a pontuação de Tiago, Nenê e Varejão (além disso o percentual de conversão nos arremessos sempre tende a ser mais alto).