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Bala na Cesta

20 anos do Mundial de 1994: Baile contra os EUA e vaga na final

Fábio Balassiano

11/06/2014 13h15

magic1Dá para imaginar uma seleção com Teresa Edwards (você leu sobre ela aqui ontem), Dawn Staley, Ruth Bolton, Katrina McClain e Lisa Leslie perdendo para alguém? E se essa seleção terminar a partida com 107 pontos? Não perde para ninguém, certo? Perde. E foi isso que o Brasil fez naquele sábado, 11 de junho de 1994.

Com os 110-107 nas semifinais, as comandadas de Miguel Ângelo da Luz já colocariam seus nomes na história: desde 1983 as norte-americanas subiam no lugar mais alto do pódio em Mundiais. Não seria o que aconteceria em 1994, quando os 32 pontos de Hortência (a MENOR marca daquela naquela competição foi de 22 na estreia) e os 29 da inspiradíssima Paula (15 lances-livres convertidos em 18 tentados) colocariam a seleção a apenas um passo daquela conquista. Além delas, Leila (13+8 rebotes) e Janeth (22+4 rebotes) também brilharam em uma partida memorável, histórica.

Para muitos (e eu me incluo aqui), aquela foi a maior atuação de um time feminino brasileiro em todos os tempos.

trio1A PALAVRA DE QUEM ESTEVE LÁ: "Os Estados Unidos sempre foram o nosso bicho papão. Entrávamos sempre com a sensação que elas eram imbatíveis. Foi um dos melhores jogos da nossa geração. Ou o melhor. Estávamos perfeitas. Equilíbrio tático e emocional. O importante foi ser campeã do mundo. Ser atleta da seleção da competição passa a ser secundário com a idade que estava". O depoimento é de Paula, que não descansou um minuto sequer naquela partida.

A PALAVRA DE QUEM ESTEVE LÁ2: "Lembro que estávamos perdendo por 12 ou 15 minutos e nos olhávamos sem entender como viraríamos aquela partida. Mas conseguimos, e as americanas é que não entenderiam nada. Foi uma partida emocionante, e sabíamos, a partir dali, que tínhamos toda a capacidade de ganhar o torneio", relembra Janeth.

CURIOSIDADE: Na semifinal, o Brasil, ultra-super-mega azarão, diminuiu os erros (cometeu apenas 12), contou com uma Leila inspirada (13 pontos e oito rebotes em apenas 22 minutos) e viu o seu trio de ferro anotar, pela terceira e última vez na competição, mais de 20 pontos cada: Paula (29), Hortência (32) e Janeth (22). Para se ter uma noção do que aquela vitória significava, a seleção norte-americana ficaria sem perder uma competição pelos próximos 12 anos (até o Mundial de 2006, no Brasil).

Abaixo os momentos finais da partida:

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