Confiando na defesa, Memphis muda técnico para chegar à final da NBA

O Memphis Grizzlies se notabilizou por ser uma das melhores defesas da NBA nas últimas temporadas (daquelas que sufocam o rival com gosto). Com Marc Gasol no garrafão e os excepcionais Tayshuan Prince e Tony Allen (ambos na foto à esquerda) fora dele, o time forçou adversários a arremessar quase 40% nas partidas e foi às finais do Oeste. Perdeu de 4-0 e decidiu que precisava mudar.

Mudar algumas peças e o técnico, mas não o conceito de jogo. O time manteve o quinteto titular com Mike Conley, Tony Allen, Tayshuan Prince, Zach Randolph e Marc Gasol, mas trouxe para reforçar o banco, uma das deficiências da franquia na temporada passada (27,4 pontos, quarta pior marca da temporada passada), o ala Mike Miller (dispensado do Miami), o pivô Kosta Koufos e o ala-armador grego Nick Calathes, um dos destaques da Universidade da Flórida de anos atrás e com razoável sucesso na Europa nos últimos anos (foi MVP da Eurocup, segunda divisão dos torneios de clubes no velho continente).

Sem dúvida é um ganho, principalmente nas bolas de três pontos de Miller (o time foi o sexto pior no quesito na temporada passada, matando apenas 34,5% dos tiros longos), mas a grande mudança mesmo não está entre os atletas, mas sim no senhor de terno e gravata da foto à direita. John Hollinger, manda-chuva da franquia, surpreendentemente decidiu não renovar contrato com o técnico Lionel Hollins e decidiu dar uma chance a David Joerger (foto à direita), que há duas temporadas é assistente da equipe e é um dos mais renomados desenvolvedores de atletas da D-League e ligas menores (de 2003 a 2007, quando treinou por lá, foi capaz de colocar 17 de seus atletas na NBA).

É com ele que o Memphis espera chegar, enfim, a sua primeira final da NBA. Obviamente não será fácil, o time precisará evoluir demais no ataque (as ações ficam muito focadas em Randolph e Conley), e a aposta do Grizzlies foi altíssima ao não manter Lionel Hollins. Joerger tem um timaço nas mãos, uma das melhores defesas da liga e certamente sabe que a pressão para no mínimo repetir os feitos do campeonato passado cairão em seu colo a partir de terça-feira, quando a temporada começa.

Será que o novo técnico consegue levar os Grizzlies à final da NBA? Difícil, hein…