Verba recorde do Ministério dos Esportes não impede campanhas pífias das seleções masculinas
Um dos pontos que mais tenho batido aqui no blog é sobre o derramamento de verba federal no basquete brasileiro (e, consequentemente, sobre a falta de capacidade administrativa que tem a CBB para gerenciá-la). Mas isso não é tudo. O ano de 2013 é catastrófico não só em termos financeiros, mas por apresentar verba recorde do Ministério dos Esportes para as seleções brasileiras de base e adulta sem resultados expressivos.
Apenas para as seleções brasileiras (Sub-19 e Adulta) o Ministério do Esporte liberou ao todo 4.994.896,19, sendo 2.801.222,00 pra seleção feminina Sub-19, 848.268,79 pra masculina Sub-19, 808.292,00 pra seleção adulta feminina e 537.113,40 pra seleção masculina. Valores bem altos, sem dúvida alguma, e o mínimo que se esperava é que os selecionados brasileiros correspondessem a tanto investimento em quadra.
A seleção feminina ainda jogará a Copa América no fim deste mês, e a Sub-19 de Janeth Arcain até que não foi mal na sexta colocação (perdeu da vice-campeã França nas quartas-de-final). Já as masculinas foram uma decepção só. A Adulta de Rubén Magnano perdeu quatro jogos seguidos (Porto Rico, Canadá, Uruguai e Jamaica – releiam, por favor) e está fora do Mundial de 2014 a não ser que o tal convite venha mesmo (alguém se habilita a fazer o PPT?). A Sub-19 masculina, liderada por Demétrius (foto à esquerda), por sua vez, teve desempenho sofrível, e terminou na décima colocação depois de perder quatro de seus cinco primeiros jogos.
Entendo perfeitamente que o Ministério do Esporte apóie as categorias de formação, e até corroboro com essa ideia (ainda acho, até, que os investimentos deveriam bancar as Sub-17, Sub-15 da vida), mas sempre fui contra o Ministério dar verba pra seleção adulta (quem acompanha este espaço sabe disso). A Confederação Brasileira tem receita superior a R$ 25 milhões em 2012, e poderia muito bem destinar parte dessa grana a suas equipes adultas (se não o faz é por pura falta de competência).
Quando há um derramamento tão absurdo assim da pasta do Ministro Aldo Rebelo (foto à direita) e os resultados da seleção masculina adulta ainda por cima são tão pífios assim mesmo com mais de dois meses de preparação a gente que acabou pagando por isso tudo (é dinheiro público, só lembrando) pode/deve ficar ainda mais indignado.
Foram mais de R$ 500 mil reais destinados para a Confederação Brasileira preparar um time que teve papel abaixo da crítica em Caracas na Venezuela. Fica a pergunta ao Ministério: vale mesmo a pena despejar dinheiro público em time adulto?
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