Seis anos depois, o reencontro de Spurs e LeBron na final da NBA
No dia 14 de junho de 2007, o San Antonio Spurs fez 83-82 com 12 pontos de Tim Duncan, 24 de Tony Parker e 27 de Manu Ginobili para fechar a série final contra o Cleveland Cavs de LeBron James por 4-0, conquistando o quarto (e até então último) título da história da franquia. Daquele dia pra cá muita coisa mudou para o Spurs e principalmente para LeBron.
O Spurs manteve seu núcleo cascudo (Duncan, Parker e Manu), o treinador que soube se atualizar (Gregg Popovich trocou a batuta conservadora por um jogo cada vez mais solto nas mãos de um dos melhores armadores do mundo) e soube pinças os jogadores perfeitos para o famoso elenco de apoio sem pagar muito (Splitter, Green, Leonard, Diaw, Joseph, Neal etc.). Jogando à européia, os texanos jamais deixaram de chegar aos playoffs mas só agora voltam às finais da NBA justamente por terem encontrado a química perfeita entre a sobriedade de Pop, a genialidade de Manu e Parker e as peças do tabuleiro para os role players. Aula de planejamento, tática e desenvolvimento técnico para atletas – ponto para o GM RC Buford.
Do outro lado estará LeBron James, que quando perguntado sobre o que tinha mudado nele de seis anos pra cá foi bem sincero: "Sou um jogador 40, 50% melhor do que eu era naquela época. Entendi a jogar o jogo, aprendi a ler as situações e a tomar vantagem disso. Hoje estou mais completo". E está mesmo. LBJ trocou Cleveland por Miami, ganhou companheiros de alto nível, chega a sua terceira final seguida (algo que não acontecia no Leste desde o Chicago de Jordan entre 96-98) e pode conquistar o bicampeonato seguido – algo que o rival da final que começa amanhã ainda não conseguiu.
O interessante disso tudo é que depois de varrer LeBron na final de 2007 Duncan puxou o garoto do Cleveland e disse: "Fique calmo que você vai dominar o jogo em pouco tempo. Em breve o mundo será seu". Mais profético impossível, não? Spurs e James se reencontram amanhã em uma final que nada tem a ver com a de 2007, mas que comprova a evolução de uma franquia já vencedora e de um atleta que certamente está entre os melhores de todos os tempos.
A final que começa nesta quinta-feira reserva, portanto, o duelo de alguns dos melhores jogadores deste século e marca, com chave de ouro, o fim de uma clássica geração vitoriosa e a consolidação de outra, que tem cara de dinastia no Leste.
Não sei se a NBA, que tanto e tão bem promove seus eventos, poderia pedir algo melhor para uma temporada que começou animadíssima, deu uma caída e agora chega ao seu final com este maravilhoso cenário.
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