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Bala na Cesta

Na série mais equilibrada do Oeste, Memphis e Clippers jogam por vantagem em Los Angeles

Fábio Balassiano

30/04/2013 11h00

Grizzlies e Clippers fazem uma série estranha. Jogando em Los Angeles, os Clippers sofreram um bocado no jogo 1, mas venceram por 21 pontos devido ao último período (37-22). No jogo 2, equilíbrio até o fim, e vitória dos donos da casa no arremesso de Chris Paul, O confronto foi pra Memphis, os Grizzlies precisavam reagir, viram Zach Randolph (foto) renascer (28 minutos, 13 pontos e seis rebotes nos dois duelos iniciais; 25,5 pontos, 10 rebotes, 37 minutos e 57,1% nos arremessos) e empataram em 2-2 com vitórias maiúsculas (94-82 e 104-83).

Com isso, o jogo de hoje em Los Angeles (23h30 de Brasília) é mais do que fundamental. De acordo com estatísticas da NBA, 94% dos times que abriram 2-0 em séries melhor de sete saíram vencedores dos confrontos. Mas o fato é que o Los Angeles Clippers está acuado, com um pouco de temor pelo basquete apresentado pelo Memphis, que no ataque passou a rodar melhor a bola e a explorar Zach Randolph em quase todos os ataques, e, na defesa, conseguiu marcar muitíssimo melhor os pick'n'rolls de Chris Paul, algo que Marc Gasol deixou bem claro depois da segunda derrota na Califórnia ("Se a gente não quiser entrar de férias é melhor segurar o Chris (Paul). Ele está jogando solto e matando a gente", disse ao site da NBA).

A defesa teve que "subir" um pouco e acabou conseguindo conter a melhor arma do Clippers, não dando espaço também para os tiros de longe. Nos dois jogos mais recentes, as bolas de fora não caíram (13/44 ou 29%), os rebotes ofensivos não vieram (23 nas duas rodadas iniciais; 10 nas duas seguintes) e Blake Griffin até que teve espaço (17,5 pontos de média em Memphis), mas teve que "conduzir" sozinho suas ações ofensivas. Foi um grande trabalho liderado por Marc Gasol (o melhor defensor da temporada), Tony Allen, Tayshuan Prince e Mike Conley, que cortaram as linhas de passe e praticamente liberaram aquilo que o rival não gosta de fazer  – atuar dentro do garrafão em jogadas de mano a mano. Para se ter uma ideia de como caiu a eficiência dos passes, nos dois primeiros jogos Chris Paul teve 16 assistências e o Clippers, 39 ao todo. Nos dois últimos, CP3 obteve 10 e o Clippers, 31 (queda de 37% e 23%, respectivamente). Muita diferença, sem dúvida alguma.

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